quinta-feira, 29 de maio de 2014

AS PROVAS QUE “AS CINCO PROVAS DA EVOLUÇÃO” NÃO SÃO PROVAS: UMA RESENHA DO TEXTO DE SALVADOR NOGUEIRA DA FOLHA DE SÃO PAULO



A Folha de São Paulo do dia 26/05/2014 publicou um artigo do jornalista Salvador Nogueira em que ele tenta mostra que existem “cinco provas” que confirmam a Teoria da Evolução. Nota-se que o autor está tão convicto das provas que ele omite a palavra “Teoria” e escreve somente “Evolução” no seu título.

O que se pode notar, é que o autor está completamente desatualizado, como a maioria dos evolucionistas brasileiros. Parece que os evolucionistas “acreditam” de uma forma tão contundente na Evolução que eles não procuram nem se atualizar, ficando envergonhados pelos “fatos” como ele evoca tanto nesse texto.

O autor começa abordando que a Ciência não é inimiga da religião. Depois, ele afirma que a Ciência tem “fatos objetivos”; já a religião tem “verdades pessoais”. No entanto, logo a seguir, o autor começa a dar as suas “verdades pessoais” em relação à Ciência sem nenhuma base filosófica e sem nenhum referencial teórico da Filosofia da Ciência, demonstrando que o autor está muito a quem até mesmo dessa disciplina.

Ele afirma que o texto vai tratar apenas de Ciência, mas qual o conceito que ele se baseia para essa Ciência? Na verdade, o autor ignora as grandes tensões da Filosofia da Ciência em conceituar ela mesma. O autor trata a ciência como se não existisse essa tensão e como se não nem existisse a Filosofia da Ciência. Isso demonstra que o autor é completamente leigo no que escreveu.

O autor desconhece que a ciência genuína não pode vir de palavras como “imaginar”, como ele afirmou: “Podemos, por exemplo, imaginar que a chuva está ligada à temperatura da água” ou “Darwin imaginou que todos eles tinham um ancestral comum”. A verdadeira Ciência não pode partir da imaginação ou de hipóteses indutivas, mas de fatos objetivos. Se não for por fatos, jamais se pode chamar de Ciência, mas de teorias que podem ser comprováveis ou não. O exemplo do autor não condiz com o conceito de Ciência de Karl Popper que o autor citou de uma forma muito superficial.

Karl Popper afirmou:

Nada que lembre a lógica indutiva aparece no processo aqui esquematizado. Nunca suponho que possamos sustentar a verdade de teorias a partir da verdade de enunciados singulares. Nunca suponho que, por força de conclusões “verificadas”, seja possível ter por “verdadeiras” ou mesmo por meramente “prováveis” quaisquer teorias. (POPPER, 2007, P.34)

No contexto, Popper estava contra o que ele chamou de “Psicologismo”. Segundo Popper, toda teoria que venha de enunciados singulares não pode ser considerada ciência até que se tenha como observar todo o processo e passar pelo teste da falseabilidade. Qualquer parte da teoria que não for falseada, anula-a como Ciência e aquelas que forem falseadas devem ser eliminadas. Portanto, de onde o autor tirou o que ele escreveu: “Mas note que novas teorias não substituem as antigas. Elas aprofundam o entendimento, sem anular as conclusões obtidas antes”? Ele teve um sonho ou é uma “verdade pessoal”? Com base em Popper, “as teorias nunca são empiricamente verificáveis”. Se é uma teoria, já não pode ter todo o processo observado, pois somente assim devemos chamar algo de Ciência. Caso a teoria seja falseada, ela deve dar lugar a outra teoria, fazendo mudanças nas suas estruturas, como tem acontecido com a Teoria da Evolução (TE) com o conceito da Seleção Natural. Esta, na forma que Darwin explicou em seu livro, A Origem das Espécies, não pode explicar várias dificuldades descobertas depois da edição de seu livro.

Ainda citando Popper, A. F. Chaimers escreve:

Porque a Ciência visa teorias com um amplo conteúdo informativo, o falsificacionista dá boas-vindas à proposta de conjecturas audaciosas. Especulações precipitadas devem ser encorajadas, desde que sejam falsificáveis e desde que sejam rejeitadas quando falsificadas. Esta atitude de tudo ou nada conflitua com a cautela advogada pelo indutivista ingênuo. (CHALMERS, 1993, p.70)

Segundo Chalmers, com base em Popper, toda teoria, ao ser posta em prova da falseabilidade, deve ser rejeitada quando for falsa e deve dar lugar a outras. Isso demonstra que jamais uma teoria pode ser considerada Ciência propriamente dita, embora esteja falando de palavras científicas. Muito menos, teorias não são como “tijolos”, como escreveu o autor, pois esta pode ser apenas filosofia que não se pode falseá-la sendo apenas uma ilusão.

Na Teoria da Evolução, jamais se pode observar todas as suas reivindicações e proposições que ela evoca, ou seja, jamais ela pode passar pelo teste da falseabilidade; e em alguns outros aspectos, ela já foi falseada. Portanto, ela não pode, jamais, ser considerada Ciência. Portanto, desonestidade intelectual, sim, é chamar uma teoria de Ciência sem nenhum embasamento teórico, com vários problemas entre cientistas que aderem a essa mesma teoria como vamos demonstrar. Ao contrário, têm-se pesquisas que vão na contramão dos postulados Darwinistas e que os desmentem de uma forma contundente.

O exemplo que o autor deu de Isaac Newton foi de péssimo gosto, pois Newton não formulou teorias, mas percebeu leis. Se alguém tiver dúvida se o que Newton propôs foi uma lei é só ficar na frente de um trem ou ficar em pé em um ônibus a 120 Km/h. Da mesma forma se alguém tem dúvida que a gravidade não é uma lei, pule de um prédio de trinta andares. Portanto, é óbvio que Newton tratava de leis e não de teorias. Totalmente diferente da TE. Esta é uma teoria com várias dificuldades confirmadas até pelos maiores nomes entre eles.

Na verdade, quem afirma que a TE não há dificuldades, não conhece muita coisa sobre ela. O próprio Darwin reconhecia dificuldades e registrou isso no seu livro a Origem das Espécies (leia o livro “Design Inteligente: a convergência das ciências sob a ótica da criação”, editora Reflexão), e, até hoje, a “Explosão Cambriana” é um grande problema para as teorias Darwinistas no que diz respeito ao LUCA (ancestral comum de Darwin), que o autor afirmou que “é uma prova” (veja o livro do Dr. Stephen Meyer, Darwin’s Doubt). Impressiona-me que o autor nem tocou nesse assunto, demonstrando que não conhece sobre isso ou então há uma prova clara de desonestidade intelectual.

O autor no seu texto faz um conceito de Teoria da Evolução e pelo seu próprio conceito traz uma dificuldade crucial que ele não tocou. Ele não percebe que os seus conceitos necessitam de seres vivos formados com todas as funções, pois ele fala nas características diferentes; fala que os descendentes transmitem essas diferenças; e, por último, fala que existem características que são mais vantajosas que outras. Ele dá o exemplo de pessoas que são mais imunes ao vírus HIV na África que em outros lugares.

É incrível o exemplo infantil desse jornalista, pois os conceitos do próprio autor exigem seres formados, porque a seleção natural precisa que os seres estejam EM PLENA FUNÇÃO DE SEUS ÓRGÃOS. Isso quer dizer que a seleção natural não explica como surgiram o primeiro DNA que precisa de proteínas para o seu próprio surgimento como o DNA-polimerase; máquinas biológicas; informação de alto nível e códigos no próprio DNA, ou seja, a primeira vida. Portanto, o autor, na sua ingenuidade tenta mostrar aos leigos que a seleção natural é o bastante.

O exemplo que o autor deu do vírus HIV é muito simplista para explicar como a seleção natural fez para que máquinas biológicas tenham se formado, pois precisa-se que suas partes sejam projetadas e postas conjuntamente para funcionar. Além do mais, precisaria que todos os órgãos tivessem pleno desenvolvimento para ter ancestrais e que nenhuma parte deles poderia ser inviável nas suas funções. O próprio Darwin disse em seu livro: “A Origem das Espécies”:

Caso fosse possível comprovar a existência de algum órgão complexo que não pudesse de maneira ser formado por meio de pequenas modificações, sucessivas e numerosas, minha teoria, com certeza, não encontraria defesa. Só que nunca consegui encontrar esse órgão. (DARWIN, 1996, p. 248)

O caso citado pelo autor da resistência do virus HIV por um grupo de prostitutas do Quênia não está na resistência em si, pois elas nem chegaram a contrair a doença, mas porque elas têm a célula CTL mais resistentes que as demais pessoas. No entanto, isso não inclui a seleção natural, já que antes do vírus HIV agir nas células, a célula de defesa CTL já estava pronta para agir. Se fosse uma questão de seleção natural, os cientistas que têm estudado essas pessoas na África já teriam descoberto uma vacina, pois a vacina vem de anticorpos desenvolvidos. 

O outro exemplo que o autor deu foi dos tentilhões das Ilhas Galápagos que Darwin encontrou. É verdade que existiam tentilhões de bicos diferentes e que os de bicos maiores resistiam a secas mais que os de bicos menores. No entanto, afirmar que todos eles vieram de um só ou que deles surgiram outras espécies de tentilhões é pura especulação e “fé”, pois vários pesquisadores estudaram os tentilões das Ilhas Galápagos e jamais houve evidências que outras espécies foram formadas ou vieram de um só tentilhão.

Portanto, deter-me-ei no que o autor, de uma forma ingênua, chamou de “provas”. Não se pode chamar de provas o que não se pode demonstrar com objetividade ou que não passe pelo teste da falseabilidade. Caso contrário, não será inteligente o que for demonstrado. Por exemplo, imaginemos que alguém traga uma prova que existe vida no planeta Marte. O que se tem de evidência é uma imagem de um telescópio que os cientistas supõem que é uma pegada humana. Então, essa pessoa pega essa “suposição” e apresenta-a como prova. No entanto, essa “prova” é apenas uma suposição de cientistas que viram uma foto, mas eles não têm como dizer objetivamente se aquela foto, de fato, é uma pegada humana. Portanto, o autor usa argumentos subjetivos e contraditórios até mesmo de autores evolucionistas e afirma como prova.

Vamos à prova das provas:

1. PROVA NÚMERO UM – O DNA

O autor afirma que “todos os seres vivos tem um grau de parentesco com todos os demais”. Essa afirmação é completamente mentirosa. Ao contrário, os estudos do DNA têm demonstrado que existem mais complexidade no DNA que se imagina. Existem genes que jamais existem homologia com nenhum outro gene presente. Eles são chamados de “Genes Órfãos”. Isso tem se tornado um grande problema para a teoria do Ancestral Comum (LUCA). Existem muitos artigos científicos que demonstram que a ancestralidade comum é um problema para a Teoria da Evolução. A revista New Scientist de 21 de janeiro de 2009 publicou na sua capa principal com o título “Darwin was wrong” “Darwin estava errado”. Ela traz “uma lista de cientistas evolucionistas que não aceitam a árvore de Darwin, ou seja, a ancestralidade comum da Teoria da Evolução. Eu coloquei bem claro em meu livro dados dessa revista. Assim está no livro: “a revista ainda coloca que a principal dificuldade está nas pesquisas com o DNA, por causa das sequências das moléculas de RNA” (MAGALHÃES, 2014, p.78). Portanto, os cientistas pegam exatamente como motivo deles discordarem de Darwin o próprio DNA.

Outro problema é que cada ser vivo tem informação no seu DNA direcionada por códigos precisos e binários que se houver o mínimo de mudança, não poderia haver vida nesse ser. As mutações que ocorrem são as aceitas pelo DNA desses seres como as bactérias que são resistentes a antibióticos. No entanto, elas voltam a ser resistentes e jamais produzem algo novo em seu DNA.

Ao contrário que do que se falou, o DNA é o “calcanhar de Aquiles” da Teoria da Evolução porque jamais a seleção natural explica como as informações do DNA surgiram, como veio um órgão que precisa de código para ser formado sendo que esse código vem por ele mesmo. Como explicar isso? (Veja o livro do Dr. Stephen Meyer “Signature in the Cell”)

Se autor bem soubesse disso, jamais ele tocaria no DNA como exemplo de Teoria da Evolução, mas o autor é leigo no assunto, embora que seja jornalista da área.

PROVA NÚMERO DOIS – AS MUTAÇÕES

O autor começa, para minha surpresa, afirmando funções no DNA que incluem Design como “sistema integrado de monitoramento e correção”. Isso só acontece diante de Design. Qualquer correção implica em planejamento de erros, como também o monitoramento. Portanto, é muita falta de percepção que o autor cita funções que o DNA faz vindo de informação de alto nível e que exige design ou planejamento.

O autor tenta demonstrar que as mutações passam de geração a geração e afirma que é fato. Claro! As mutações são fatos, porém, que essas mutações foram a causa da transformação de uma ameba para um ser humano nunca foi fato. Até por que é comprovado que a maioria das mutações tem um fator degenerativo e não evolutivo. Portanto, essa prova jamais pode ser considerada.

PROVA NÚMERO TRÊS – FÓSSEIS

O autor nessa “prova” se baseia no fóssil do Arqueópterix. Ele afirma que esse fóssil é uma “prova” e afirma: “São provas incontestes do processo evolutivo”. No entanto, o autor está tão desatualizado que nem pesquisou as últimas descobertas desse fóssil. Segundo a revista Nature, os chineses descobriram que esse fóssil jamais foi de uma ave primitiva como afirmavam (veja nesse endereço)

Portanto, notem a ingenuidade e a falta de conhecimento desse autor.

No entanto, assim como o DNA, se autor bem soubesse, jamais ele falaria de fósseis, pois é exatamente nos fósseis que Darwin tinha dúvida. Darwin sempre afirmava que não entendia por que não existia um número considerável de fósseis intermediários. Da mesma forma, Darwin não tinha como explicar a chamada “Explosão Cambriana” que há mais ou menos 500 milhões de anos já havia quase todos os filos existentes com grande complexidade que não há registro fóssil anterior. Portanto, jamais isso seria uma prova da evolução.

PROVA NÚMERO QUATRO – COMPORTAMENTO ANIMAL

Essa prova demonstra como as provas da Teoria da Evolução são fracas. Essa “prova” daria para ser um tema de algum Stand Up Comedy. O autor sugere que o comportamento animal dos chimpanzés comprova a Teoria da Evolução, pois os chimpanzés não falam, mas podem aprender linguagem de sinais e podem comunicar ideias simples.

O autor desconhece o conceito de linguagem. Linguagem é a capacidade que se tem de criar meios de comunicar ideias, sentimentos e conhecimentos, inclusive de si mesmo. Chomsky afirmava que a Linguística ou a linguagem pode trazer grande compreensão do espírito humano demonstrando que era uma característica singular na humanidade. (LYONS, 1970, p. 95)

Rousseau afirma que era a “linguagem que diferenciava os homens do animais”. Um chimpanzé pode aprender uma linguagem assim como um pagagaio aprende a falar palavras. A linguagem que um chimpanzé aprende é amestrada e condicionada. Não é uma criação de meios para expressar sentimentos, ideias e nem conhecimento de si mesmo. Por exemplo, pode-se ensinar um cão que todas as vezes que ele quiser comer levante a pata. Seria muita ignorância comparar essa ação adestrada desse cão com um pedido de uma criança à sua mãe chamando-a de várias formas ou até chamando pelo nome.

Da mesma forma quando se afirma que macacos que contam até 40 é a mesmo que os seres humanos. Qualquer animal fará isso com perfeição se adestrá-lo. Existem cães adestrados que fazem contas de somar simples, mas isso não inclui inteligência, é apenas condicionamento dentro de símbolos que se adestrou o animal. A prova disso é que se pegar o 4; o 14 e o 40 perguntando qual o menor e maior, ou qual o valor intermediário o macaco não vai saber, exceto se adestrá-lo.

Na verdade, é difícil você ver macacos gesticulando para outro sobre o que eles comeram no dia anterior ou até afirmando que estão com dor de barriga. É difícil alguém ver um macaco de joelhos fazendo uma oração a Deus ou cultuando qualquer outra coisa, pois isso é um atributo somente humano. Portanto, essa prova é a mais patética que alguém pode ver da Teoria da Evolução. Eu tenho vergonha até de respondê-la.

PROVA NÚMERO CINCO – PSEUDOGENES

O autor, agora, se baseia nos pseudogenes e afirma que eles demonstram uma das “provas”. No entanto, o que autor chama de prova é o contrário do que ele espera. O autor afirma que esses pseudogenes “são inativos” e que “não servem para grandes coisas nos organismos”. No entanto, o autor afirma isso sem uma ABSOLUTA evidência. Porém, ao contrário do que ele afirma, as pesquisas atuais dos cientistas é que os chamados pseudogenes têm grandes relações com o RNA e que esses genes agem como uma espécie de gerenciador do próprio DNA (leia o livro The Myth of Junk DNA). Os artigos científicos abaixo corroboram isso:

Hirotsune S, Yoshida N, Chen A, Garrett L, Sugiyama F, Takahashi S, Yagami K, Wynshaw-Boris A, Yoshiki A.An expressed pseudogene regulates the messenger-RNA stability of its homologous coding gene. Nature 2003 423:91-96

Ir para cima 
↑ Czech B, Malone CD, Zhou R, Stark A, Schlingeheyde C, Dus M, Perrimon N, Kellis M, Wohlschlegel JA, Sachidanandam R, Hannon GJ, Brennecke J. An endogenous small interfering RNA pathway in Drosophila.Nature 2008 Jun 5;453(7196):798-802

Ir para cima 
↑ Ghildiyal M, Seitz H, Horwich MD, Li C, Du T, Lee S, Xu J, Kittler EL, Zapp ML, Weng Z, Zamore PD.Endogenous siRNAs derived from transposons and mRNAs in Drosophila somatic cells.Science 2008 May 23;320(5879):1077-81

Ir para cima 
↑ Kawamura Y, Saito K, Kin T, Ono Y, Asai K, Sunohara T, Okada TN, Siomi MC, Siomi H.Drosophila endogenous small RNAs bind to Argonaute 2 in somatic cells.Nature 2008 Jun 5;453(7196):793-7

Ir para cima 
↑ Okamura K, Chung WJ, Ruby JG, Guo H, Bartel DP, Lai EC. The Drosophila hairpin RNA pathway generates endogenous short interfering RNAs.Nature 2008 Jun 5;453(7196):803-6

Mesmo assim, ainda que não se soubesse a função desses genes, seria uma desonestidade afirmar com base na ignorância a prova de algo. Porém, nota-se que o autor está completamente desatualizado.

O RESUMO DO “FANTASMA DA ÓPERA”

O autor conclui o seu texto afirmando que os leitores julguem por si entre a Teoria da Evolução ou o Design Inteligente. O autor coloca como dificuldade do DI que deveria existir distribuições diferentes de genes em vez de distribuições semelhantes nas espécies. Porém, há diferenças claras, pois cada ser vivo carrega genes próprios com informação específica. Por exemplo, a serpente tem informação no seu DNA de formação de peçonha nas glândulas e presas; outros animais trazem aptidões próprias como pássaros que têm ossos apropriados para vôos e penas, estrategicamente planejadas para tal ato.

O autor faz outra afirmação absurda sem nenhuma prova que os ancestrais entre humanos e Chimpazés foram entre 5 a 7 milhões atrás, mas como, se esses fósseis intermediários não existem. O registro fóssel dos hominídeos tem demonstrado apenas especulações e fraudes como o fóssil da Lucy que foi citado na revista francesa Science & Vie que não passa de um fóssil de um macaco (MAGALHÃES, 2014, p. 40). Mais uma vez o autor demonstra-se desatualizado.

O autor desconhece que o Design Inteligente tem adeptos de várias vertentes. No entanto, muitos não concordam com a ancestralidade comum de hominídeos intermediários nem formas intermediárias, pois são interpretações que têm dividido antropólogos e cientistas em todo o mundo. Ao contrário, o registro fóssil da Explosão Cambriana demonstra o contrário que se afirma. Quase todos os filos, inclusive o cordato passaram a existir sem nenhum registro fóssil anterior há mais 500 milhões de anos, onde era para estarem ainda em evolução.

O autor termina afirmando que o Design Inteligente não explica nada. Ao contrário, a Teoria da Evolução é que não explica nada. Não explica como surgiu o primeiro DNA, a primeira vida, como surgiram máquinas biológicas com complexidade irredutíveis, como surgiu informação no DNA, como surgiu moralidade humana, como surgiu estética nos seres humanos, como surgiu inteligência acima dos macacos.

Portanto, quero terminar esse texto fazendo a mesma pergunta que o autor fez ao termino do seu texto: qual o Designer mais inteligente? Aquele que coloca todas as peças no lugar que planejou porque as criou projetando-as para que haja manutenção, estética e reparo ou aquele que deixa o ferro, plástico e tinta no chão e espera que durante bilhões de anos esse ferro venha naturalmente formar as peças específicas com um ponteiro e se tornar um relógio que dê a hora certa demonstrando alta tecnologia?

 Referências:


CHALMERS, A. F. O que é Ciência afinal?. São Paulo: Brasiliense, 1993.


DARWIN, Charles. A Origem das Espécies. São Paulo: Editora Martin Claret, 1996.

LYONS, John. As Ideias de Chomsky. São Paulo: Cultrix, 1970.

MAGALHÃES, Francisco Mário L. Design Inteligente: a convergência das ciências sob a ótica da criação. São Paulo: Reflexão, 2014.

POPPER, Karl. A Lógica da Pesquisa Científica. São Paulo: Cultrix, 2007.


14 comentários:

  1. Quero ver se tem a mesma coragem do Salvador de publicar todos os comentários...

    ResponderExcluir
  2. Eu,

    Você fala da mesma coragem que você tem de esconder-se atrás do anonimato?

    ResponderExcluir
  3. Eu fico me perguntando como alguém que tem formação em teologia, letras e filosofia pode tentar desmontar uma teoria que milhares de pessoas das áreas biológicas usam todos os dias em seus trabalhos, reproduzindo apenas alguns argumentos distorcidos de gente mal intencionada e que tenta fazer uma teoria comprovadamente falseável como a do "Design Inteligente" ser ensinada como a verdadeira nas escolas. O problema de gente assim é que eles não conseguem imaginar e nem fazem esforços para entender processos de longo prazo e com muitas variáveis ambientais. A formação deles não foi esta, foi o da teologia, letras ou qualquer outra coisa não relacionada. E ainda escrevem livros para reproduzirem o que não entendem nem de longe.

    ResponderExcluir
    Respostas

    1. Geraldo, você fica se perguntando porque você é desinformado. Primeiro, você precisa saber que a ciência que trata das teorias científicas e suas pesquisas não é a Biologia, mas a Filosofia da Ciência. No entanto, esta faz uso da Biologia, da Química, da Bioquímica, da Microbiologia. Os grandes cientistas que estudam a veracidade das teorias científicas são PhD em Filosofia da Ciência. Você precisa saber também que para a Ciência não há limites de áreas de conhecimento. Aristóteles foi o primeiro biólogo, pois ele formulou a primeira taxonomia mesmo sendo filósofo. Charles Darwin não era biólogo, mas o que ele estudou mesmo foi Teologia em Cambridge. Portanto, você deve se informar.

      Você precisa entender, Geraldo, que as teorias científicas não podem ser confirmadas por causa dos muitos anos que elas têm, nem porque já foram ensinadas em todo o mundo. Não importa os anos que elas foram ensinadas. A ciência deve ter o compromisso é com a verdade e com os fatos. Saiba que muitos cientistas têm deixado a Teoria da Evolução pelas suas muitas dificuldades.

      Você precisa também ler mais sobre falseabilidade, pois parece que não entendeu. Perceba que uma coisa é uma proposta ser falseável; outra é que ela seja falseada. O Design Inteligente é uma conclusão e não uma teoria em si. A conclusão vem de premissas objetivas e concretas: existem evidências no universo que demonstram inteligência por trás. Só isso. Caso ainda ache que ela foi falseada, precisa dizer onde. Agora, não venha trazer teorias, mas fatos, porque a única coisa que falsearia uma proposição é um fato científico e não outra teoria.

      Eu demonstrei de uma forma clara sobre os problemas dessas provas e demonstrei com evidências e referências. Não adianta chorar, ou fazendo ad hominem nos comentários. Deve demonstrar.

      Portanto, o que eu pude perceber é que você que não entende nem do que comentou.

      Excluir
  4. Geraldo, sinto muito, mas não vou repetir argumentos que já escrevi no meu texto. Também não tenho ânimo de explicar sobre Filosofia da Ciência a ninguém. Deter-me-ei somente em responder algumas questões sobre o meu texto ou sobre algo que eu não tenha já explicado. Leia mais sobre teóricos da Filosofia Ciência. No mais, obrigado.

    ResponderExcluir
  5. Desculpe Mário...pode saber escrever um texto mas não sabe nada de ciencia, inocente.

    Dizer que a ciencia coloca em duvida o evolucionismo é ser filósofo (de buteco) falando sobre a comunidade cientifica.

    ResponderExcluir
  6. Márcio,

    Você que é leigo no assunto, aconselho a ler mais sobre o tema. Aproveito para apresentar meu livro acima. Compre-o.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ok...respeito que você polemiza para vender seu livro! :-)

      Mas teria que fazer biologia de novo...mas com a ideia de 1500 anos atras na idade média...ai talvez eu aprendesse Design Inteligente. Como disse...para um papo de boteco, vale a discussão. Ja se for para conversarmos na condição de cientistas, não dá para usar sua retórica a sério.

      Sugiro você ler sobre o monstro de espaguete voador: a teoria mais coerente e sincera sobre o design inteligente.

      Excluir
    2. Márcio, você teria apenas que se atualizar. Essa é grande questão: você está com um conhecimento de 1500 anos atrás.

      Eu coloquei pesquisas, livros, revistas científicas e artigos científicos atuais. Caso você ainda ache que eu tenho papo de boteco ou que as minhas ideias são obsoletas. Chego a uma conclusão: ou você não leu o texto, ou você é um analfabeto funcional, ou você é deficiente mental, ou você quer brincar.

      No entanto, pelo seu comentário sobre "o espaguete voador", acho que você é uma pessoa "Sem Inteligência". Eu provo que você não tem inteligência aqui: http://fcomario.blogspot.com.br/2011/01/o-problema-de-inteligencia-dos-ateus.html

      Excluir
  7. "Outro problema é que cada ser vivo tem informação no seu DNA direcionada por códigos precisos e binários que se houver o mínimo de mudança, não poderia haver vida nesse ser."

    Onde esta a fonte cientifica disso. Por exemplo.

    Recomendo a porta de uma igreja para vender seu livro. Não te chamei de analfabeto (retorica de quem argumenta mas destroi para vencer), li seu texto, e compreendi o que disse. Os artigos cientificos que são serios que foram citados não corroboram para o design inteligente...ainda assim foram apenas citados e utilizados em seguida para o autor propor algo que a comunidade não aceita como teoria valida.

    Monstro de espagueti parece bem mais abragente que SUA teoria. Logo bem mais inteligente. E ser ateu ou acreditar em um deus não o torna mais ou menos inteligente, mas como usar o discernimento para saber aplicar o conhecimento isso sim te faz.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Márcio, leia mais um pouquinho que você vai encontrar no outro Parágrafo:

      “Ao contrário que do que se falou, o DNA é o “calcanhar de Aquiles” da Teoria da Evolução porque jamais a seleção natural explica como as informações do DNA surgiram, como veio um órgão que precisa de código para ser formado sendo que esse código vem por ele mesmo. Como explicar isso? (Veja o livro do Dr. Stephen Meyer “Signature in the Cell”)

      Percebi que o seu problema é “demência” e ignorância (já que você está sendo irônico, vou dizer o que você é exatamente). Até você ler a fonte e demonstrar que ela esteja errada, você demonstra ser um demente. Em todo caso, qualquer pessoa que estude um pouco de DNA sabe que qualquer problema nas bases nitrogenadas que formam o código traz problemas à vida.

      Essa expressão “Monstro de Espaguete” é de uma pessoa sem inteligência, pois o que demonstrei foi totalmente científico. Como você é demente, não percebeu o contexto e não o entendeu por ser um analfabeto funcional.

      Eu provei no texto em homenagem a você [http://fcomario.blogspot.com.br/2011/01/o-problema-de-inteligencia-dos-ateus.html] que um ateu demonstra ter um problema em uma área de inteligência.

      Excluir
  8. E o câncer? Onde se encaixa no Design Inteligente?

    ResponderExcluir
  9. A prova de design não está na falta de problema desse design. Por exemplo: pense que alguém encontrou um carro do século passado em uma floresta. Essa pessoa é um engenheiro mecânico e percebe que o carro ficou ali porque deu problema em uma parte do motor. Com certeza ele não vai concluir que aquele carro não tenha sido planejado ou que não tenha tido um Designer.

    No entanto, alguém pode perguntar, então, por que esse design não previu esse problema? Nesse caso poderiam haver várias alternativas: ele não soube antever esse problema; ou deixou acontecer; ou até mesmo quis ensinar uma grande lição a alguém. Quaisquer que sejam as opções, elas não anulam o fato do carro ter um design.

    Na verdade, há pesquisas que demonstram que houve algo no passado que afetou os seres vivos e a terra.

    ResponderExcluir