terça-feira, 22 de agosto de 2006

A FÉ NA TEORIA DA EVOLUÇÃO

Há uma grande controvérsia entre ciência e religião, entre fé e razão; porém, poucas pessoas notam que a ciência tem se apropriado de características que somente na religião existe, que somente alguém que tenha fé pode aceitar. Os dados têm sido substituídos por suposições e pressupostos dedutivos. A Ciência não pode ser dedutiva, mas precisa ser indutiva como todo experimento e experiência séria. Os pressupostos dedutivos podem alterar em muito os resultados, ficando uma ciência segundo os modelos e deduções humanas. O objetivo desse ensaio é analisar algumas dificuldades da Teoria da Evolução (TE) e questionar como um pensador.

PODE UMA TEORIA SER CIÊNCIA?

Há uma grande polêmica na semântica da palavra “teoria”. A polêmica é exatamente porque se essa palavra diz o que realmente quer dizer, a TE não passa de hipóteses que podem ser verdadeiras ou não. Essa palavra originalmente vem do grego theoria que quer dizer observação, espetáculo, visão. Essa palavra era usada pelos gregos para enviar uma embaixada sagrada aos espetáculos para observar e examinar. Na Filosofia Grega, ela tinha um caráter totalmente especulativo (Dicionário Huaiss). Os evolucionistas tentam dar outro conceito à palavra para saírem dessa “sinuca” a começar pela palavra. Eles dividem entre teoria popular e teoria científica; porém, mesmo em seus conceitos e escritos, eles demonstram nas entrelinhas o que o dicionário Aurélio quer dizer: “Suposição, hipótese”. Segundo a Enciclopédia Livre Wikepédia, que pode ser alterada por qualquer pessoa, “Teoria Científica é o nome dado ao sistema organizado de idéias e conceitos que explicam um conjunto de fenômenos e que pode ser testado por meios de experiências reprodutíveis”. A pessoa que escreveu o conceito de teoria entra em uma contradição, trazendo algumas objeções a esse conceito. Se o autor disse que é um conjunto de idéias, conceitos que EXPLICAM um conjunto de fenômenos, por que precisaria de teste? Em inglês, o conceito é mais sensato que em português: “In science, a theory is a proposed description, explanation, or model of the manner of interaction of a set of natural phenomena, capable of predicting future occurrences or observations of the same kind, and capable of being tested through experiment or otherwise falsified through empirical observation”. http://en.wikipedia.org/wiki/Theory. É digno de nota que o conceito de teoria em inglês acrescenta que pode ser considerado falso também pela observação empírica, aproximando mais do conceito de hipótese, suposição, já que pode ser considerado falso, caso haja um motivo empírico para isso. Outra dificuldade a esse conceito em português é que todos aqueles que começaram as suas teorias, partiram de simplesmente INTUIÇÃO, não havia provas, apenas uma hipótese, uma teoria. O Antropólogo, paleontólogo e evolucionista Richard E. Leakey comentando na introdução do livro de Charles Darwin, A Origem das Espécies, dentro do tema “Os problemas de Darwin” diz:

“Sabendo-se que a Biologia evolutiva não faz uso de PROVAS, nas quais a Química e a Fisiologia se baseiam, é ainda, até certo ponto considerada como uma ciência DEDUTIVA , e a leitura de A Origem das Espécies nos impressiona com o imenso trabalho realizado por Darwin, ao reunir os fatos e as observações que explicam a SUA TEORIA” (DARWIN, Charles. A Origem das Espécies. São Paulo. Editora: Martin Claret, 1996. pág 16. Ênfase Minha).

Por isso, não raro se pode ver nesse comentário palavras que geralmente seriam difíceis de existir na Ciência. O Dr. Leakey, ainda em seu comentário diz: “Darwin justificava sua teoria EM SUA CRENÇA de algumas características ou hábitos adquiridos durante a vida dos pais que poderiam afetar os filhos” (LEAKEY, 1996, pág. 21). Daí, pode-se entender o que Thomas Henry Huxley, um dos grandes defensores das idéias de Darwin disse:

“...a criação, no sentido ordinário da palavra, é perfeitamente concebível. Não encontro qualquer dificuldade em conceber que, em algum período inicial, o universo não existia e surgiu em seis dias (ou instantaneamente, se isto for preferível), em conseqüência da vontade de algum ser pré-existente. Então, como agora, os pretensos argumentos a priori contra o teísmo e, dada uma divindade, contra a possibilidade de atos criativos, pareceram-me sempre destituídos de fundamento racional” (Está registrado no livro Life and Letters of Thomas Henry Huxley, p. 409 do vol. II, editado em 1903 pelo seu neto, o biólogo Julian Huxley).

Facilmente se pode notar que teoria não é ciência, mas especulação, exceto para alguém obstinado que prefere mudar o significado da palavra a enfrentar as dificuldades que ela tem. Einstein tinha em mente, além de sua teoria da Relatividade, o que a revista National Geografhic nomeou de “Teoria de Tudo” (Maio 2005). Para Eisntein, deveria haver um campo unificado que unisse todas as forças desde as de grandes escalas, como a gravidade, até as de pequena escala do interior do átomo; porém, o próprio Einstein admitiu que não conseguiu. A revista chega a dizer que os “físicos continuam a buscar”. Deixa claro que teoria pode ser verificável ou não, pode ser verdadeira ou não.
No livro A Origem das Espécies, introduzido pelo Paleontólogo Richard E. Leakey, há comentários impressionantes acerca da Teoria de Darwin. Ele diz: “... em outros pontos vemos hoje que Darwin CONFUNDIU os processos genéticos com os fisiológicos”. Em outra passagem ele afirma: “Darwin estava ENGANADO ao expor o que denominou de ‘herança combinada’ e muitos críticos acentuaram que a herança combinada apresentava problemas para o conceito da mudança evolutiva” (DARWIN, 1996, pág. 22,24). Poder-se-ia chamar isso de Ciência? Ciência é algo exato, incontestável, provado, com fatos, pois contra os quais não há argumentos; mas parece o contrário, como não têm fatos, vêm os argumentos, e muito fortes. A revista Veja de edição 1760 de 17 de Julho de 2002 traz um artigo por título “O homem de 7 milhões de anos: Descoberta de fóssil na África Central revoluciona as teorias sobre a árvore genealógica da espécie humana”. O artigo simplesmente desmente uma TEORIA que tinham dado como verdadeira. A revista afirma: “Estimava-se que a separação entre as espécies dos ancestrais humanos e os que deram origem aos macacos modernos tivesse se dado quase 7 milhões de anos antes. As características de Toumai indicam que isso deve ter ocorrido pelo menos 1 milhão de anos antes.” Que absurdo, como alguém que seja inteligente pode crer nas teorias de um evolucionista depois desta? Antes estimavam que a separação dos ancestrais era a 7 milhões de anos antes (note que foi uma estimativa de datas), agora, depois de acharem um fóssil, dizem que é de 1 milhão de anos. Isso é Ciência? Nunca foi. Os testes geológicos podem ser, a Paleontologia pode ser, a Arqueologia pode ser, a Geologia, mas a Teoria da Evolução é uma mera teoria e muito instável. Como se não bastasse, o artigo da revista Veja ainda diz:

Como se não fosse suficiente mexer com a escala de tempo e sacudir a árvore genealógica da humanidade, Toumai também embaralha as teorias dos paleoantropólogos sobre as razões pelas quais o homem começou a andar sobre duas pernas. Como a maioria das espécies anteriores foi encontrada em regiões de savana, imaginou-se que a falta de árvores para subir e a grama alta fizeram com que o homem se erguesse em suas pernas. Mesmo sem provas definitivas de que seja bípede, Toumai joga areia nessa tese, já que seu habitat misturava florestas, rios e pântanos. (Veja 1760 de 17/07/2002).

Para alguém inteligente e perspicaz, pelo menos deve aceitar uma dificuldade aqui: se as teorias são mudadas de acordo com algumas descobertas, a lógica clama a se entender que outras poderão ser mudadas também, sendo falsas ou todas também podem ser falsas. Note que a revista afirma EMBARALHA AS TEORIAS. Que Ciência é essa que alguém pode chegar com uma descoberta de um fóssil e jogar por terra toda uma outra teoria? Isso demonstra que o velho Aurélio está correto em conceituar teoria como hipótese e suposição.
O Dr. E. H. Andrews, Ph. D., D. Sc., professor de Materiais na Universidade de Londres, reitor da Faculdade de Engenharia no Queen Mary College. Ele é autoridade internacional em ciência macromolecular e publicado acima de 80 tratados científicos e livros. No seu livro From Nothing to Nature, traduzido para o português com o título No Princípio..., ele afirma categoricamente: “A teoria da Evolução não é científica”. O Dr. Andrews ainda afirma em seu livro

“A teoria pode ser testada através de experiências que fornecem uma resposta
“Sim” ou “Não conclusiva se ela é correta ou errônea... assim a idéia da
evolução, que todas as coisas vivas apareceram por acaso de uma forma acidental
de vida, não demonstra um bom desempenho nos testes que os cientistas usualmente
estabelecem para verificar a validade de uma dada teoria” (ANDREWS, E. H. No
Princípio... São José dos Campos: Fiel, 1991).

O PROBLEMA DA DATAÇÃO DOS FÓSSEIS

Muitos evolucionistas se apressam em dizer datas imediatas: 100 milhões, 10 milhões de anos. Isso para leigos é aceito como verdade e científico, embora que as técnicas sejam, porém, as datas são também meras especulações. O Dr. Andrews, uma autoridade nessa área, afirma peremptoriamente: “Não há método de datar radioativo que não requeira hipóteses sobre o que havia no início”. O método mais moderno é através do decaimento de átomos radioativos. O Dr. Andrews afirma que para analisar uma rocha que tenham substâncias radioativas precisa-se ter certeza que não perdeu nenhum dos átomos radioativos desde que a rocha se formou. Isto quer dizer que nenhum deve ter se perdido pela ação da água ou por evaporação da própria substância. Isto dificulta muito a experiência já que os átomos de urânio e potássio-40 dissolvem-se facilmente na água. Esta é uma das razões que AS ROCHAS SEDIMENTARES NÃO PODEM SER DATADAS PELO RELÓGIO RADIOATIVO, havendo pouquíssimos casos que se data, mas totalmente sem credibilidade. Sendo que os fósseis somente podem ser achados em rochas sedimentares, os geólogos medem a idade através de “intrusões ígneas”. Conforme o Dr Andrews, os geólogos medem as rochas ígneas para ter UMA SUPOSIÇÃO das rochas sedimentares. Ele afirma:


Estas idades são estimadas em bilhões de anos. Podemos confiar nesses números? A
resposta é NÃO. Devo explicar que as medidas são realizadas muito cuidadosamente
por pessoas muito habilidosas. Esta tarefa deve ser feita com extremo cuidado,
empregando poderosos instrumentos científicos... podemos confiar nas medidas que
são realizadas. O problema ocorre quando tentamos determinar a idade da rocha (o
tempo decorrido desde que ela fundiu). Precisamos saber quantos átomos
radioativos estavam presentes em nossa rocha quando ela se solidificou
inicialmente. Mas não temos certeza sobre este dado! Temos que ADVINHAR OU FAZER
HIPÓTESES para a resposta à seguinte questão: O que havia na rocha no começo?
(ANDREWS, 1991, pág. 74)

Segundo o Dr. Andrews, até os demais métodos que determinam o chamado “isócrono” ainda suposições precisam ser feitas como supor que os diferentes minerais da mesma rocha possuem a mesma proporção de átomos radioativos. Portanto, ele chega a uma conclusão que se afirmou no início que não existe método que date de uma forma indubitável.

ALGUMAS DIFICULDADES CLARAS

A revista Veja de 24 de Maio de 2006 traz um artigo sobre os olhos afirmando o seguinte:



O olho tem uma estrutura tão engenhosa que é usada por correntes religiosas como
argumento contra a teoria da evolução de Charles Darwin. Os adeptos do
criacionismo consideram que um órgão composto por várias partes que funcionam de
forma tão sincronizada só possa ser produto divino. A visão é resultado de um
complexo jogo mecânico em que a córnea e o cristalino desviam os raios luminosos
que chegam ao olho para centralizá-los sobre a retina. Na retaguarda, vários
músculos atuam em conjunto, estimulados por nervos cranianos, para mover os
olhos em todas as direções.


Parece que não somente os criacionistas se sentem incomodados em aceitar que os olhos são produtos da evolução. Darwin também se sentiu. O Dr. Richard E. Leakey afirma em sua introdução:

“Darwin confessou, em 1860, ao naturalista americano Asa Gray que o olho lhe
provocava arrepios, mas quando ele pensava nas ótimas graduações conhecidas, a
razão lhe dizia para dominar o arrepio” (LEAKEY, 1996, pág. 20).
É muito estranho que o autor da Teoria da Evolução tenha arrepios quando pensava no olho humano e a revista Veja lembre a complexidade do olho como respostas aos evolucionistas. Ter como resposta a essa complexidade dos olhos uma simples comparação de anatomia ou bioquímica é ser muito infantil e ingênuo.
Outra dificuldade é colocada pelo bioquímico Dr. Charles McCombs Ph.D. em Química Orgânica, especialmente treinado em métodos de investigação científica, e um cientista com 20 patentes químicas. Ele afirma:

Há outro problema com o DNA e como ele funciona no organismo humano. Como parte
do processo normal de replicação do DNA, uma enzima percorre todo o filamento de
DNA e assim uma cópia deste filamento pode ser produzida. A enzima lê a
seqüência de moléculas ao longo do filamento, e se um nucleotídeo incorreto é
detectado nele, há um mecanismo que utiliza outras enzimas para cortar o
nucleotídeo errado e inserir o correto, reparando assim o DNA.
Vamos dar uma
olhada no DNA e seu mecanismo reparador, se realmente eles foram formados de um
processo natural ao acaso. Se o mecanismo reparador evoluiu primeiro, que
utilidade tal mecanismo possui se o DNA ainda não evoluiu? Se o DNA evoluiu
primeiro, como ele resistiria sem um mecanismo reparador? As moléculas podem
pensar? O DNA não é uma molécula estável, e sem um mecanismo reparador, seria
facilmente deteriorado por oxidações e outros processos. Não há mecanismos para
explicar como o DNA pôde existir por milhões de anos enquanto o mecanismo
reparador evoluía. O DNA simplesmente iria se decompor de volta em uma piscina
de espuma antes de ocorrerem supostas bilhões de mutações casuais que não
poderiam formar um mecanismo reparador. Uma vez que constatamos que o projeto
não aconteceu ao acaso, então percebemos que o universo inteiro não é produto de
um processo casual, aleatório; ele é o resultado de um onipotente Criador que
criou tudo apenas pela Sua Palavra. Espero que você comece a enxergar o
problema. A Evolução pode lhe dar uma teoria que parece evidentemente possível,
mas quando a ciência verdadeira se envolve e os cientistas começam a fazer
perguntas, os problemas e falsa lógica da teoria se tornam claros. É por isso
que a evolução espera que você não saiba química.
(Artigo publicado no boletim Acts & Facts, do Institute for Creation Research, em sua edição de maio de 2004, com o título "Evolution Hopes You Don't Know Chemistry: The Problem with Quirality". Tradução do texto de Daniel Ruy Pereira.)

CONCLUSÃO:

Como conclusão, precisa-se analisar o simplismo e a ingenuidade dos evolucionistas que não provam nada, tendo apenas que ter fé na simples e frágil Teoria da Evolução. Quem a aceita tem uma religião. Tem que acreditar até que um próximo artigo de uma revista científica a desminta.

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