domingo, 2 de fevereiro de 2014

O EVANGELHO SEGUNDO CAIO FÁBIO: UMA ANÁLISE DA SUA APOSTASIA E PERIGOS




A fronteira entre o que é ortodoxo e herético é muito complexa. Da mesma forma, a fronteira entre aquele que apostatou da fé e aquele que ainda se pode ter como uma pessoa cristã e bíblica é muito difícil de analisar. Primeiro, por que geralmente essas pessoas trazem uma certa fama e autoridade do que eles representaram um dia. Depois, é muito difícil falar de alguém que tem nos lábios o nome de Jesus e propaga com tanta ênfase.

Existem duas formas de um herege blindar suas heresias, ao mesmo tempo, essa blindagem servirá para identificação dos próprios hereges. A primeira é trazendo sobre si a autoridade de suas doutrinas. Para isso, é necessário demonstrar que todos os demais estão errados e ele é o único certo. Isso servirá para que os incautos que o seguirem terem em mente que ele seria o único que poderia dizer a verdade, já que os demais estão errados. Aqueles que o refutam são ensinados a chamarem os demais que refutarem de “religiosos” e que se baseiam na “Letra”.

A segunda forma de um herege blindar suas heresias é atacar a base e o fundamento de fé. Quando se ataca os fundamentos da fé, as pessoas não recorrem mais a esse fundamento, mas dependem somente do herege. Uma das formas de atacar é exatamente colocar defeitos nesse fundamento. O único fundamento de fé que se tem é a Bíblia, e ela mesma que é atacada de uma forma totalmente desonesta por esses hereges.

Na verdade, esse herege vai ter que fazer isso para minar os textos que o refutam e que ele mesmo vai estar desconfortável diante da clareza das Escrituras de algumas de suas tendências.

Também pode-se reconhecer um herege por duas formas:

A primeira é quando se tem que refutar doutrinas básicas da fé cristã. Há doutrinas que divergem no próprio evangelicalismo que se pode refutar sem que se tenha em mente que está refutando um herege. Por exemplo, doutrina do batismo, escatologia, a perda da salvação, apostolado etc. No entanto, quando se tem que refutar alguém com doutrinas básica da fé como a salvação pela graça, a divindade e humanidade de Cristo, a divindade do Espírito Santo, demonstra-se que esse mestre é um herege e que se deve ter todo cuidado com o que ele ensina.

A segunda forma de reconhecer um herege é que ele vai colocar como base moral a sua própria pessoa. Ou seja, ele é o centro de tudo embora que ele jure e chore emocionado falando de Jesus, mas, na prática, traz sobre si toda a autoridade das doutrinas como também a base moral. A conseqüência disso é que seus seguidores são completamente desprovidos de senso crítico. Eles não questionam, apenas aceitam, pois intuitivamente o líder se coloca como acima das Escrituras, já que ela tem erros. E se a Escritura tem erros e é julgada pelo próprio líder, ele é o único que dita as normas, inclusive, da própria base de fé.

Caio Fábio foi um dos pastores mais conceituados do Brasil. Dificilmente alguém não ouviu uma pregação sua. Levava multidões a estádios e representava o Evangelicalismo aonde ia. No entanto, Caio Fábio passou por um momento difícil em sua vida que o deixou afastado por um tempo. Depois, ele voltou com um programa “Vem e vê TV” pela manhã na internet onde responde a várias perguntas de pessoas que lhe pedem conselhos.

Nesses programas, Caio Fábio tem feito declarações perigosas à fé cristã que demonstram as características de uma pessoa que apostatou da fé tendo a necessidade de uma refutação. O motivo de escrever esse texto é exatamente devido à sua grande influência entre os incautos e por que as suas falácias podem ser perigosas quando não demonstradas pelo crivo da Palavra de Deus.

Depois, por que Caio Fábio está dentro das características que foram demonstradas acima. Ele tem blindado seus ensinamentos e tem se colocado como o único que agrada a Deus no Evangelho, pois ele tem colocado defeito em todos os demais seguimentos do Evangelho. Ele tem atacado a igreja de uma forma contundente demonstrando que ela está falida. Claro que não se está negando a caricatura de Evangelho que alguns grupos protestantes fazem, pois temos que admitir que alguns grupos nem merecem ser chamados de protestantes ou de evangélicos, pois agem como um comércio da fé e com heresias destruidoras. No entanto, Paulo e os apóstolos jamais agiram assim. Percebemos que Paulo e os apóstolos conheciam muito bem os problemas graves da igreja, mas jamais eles se colocaram à margem dela ou separados dela.

Paulo escreve a Timóteo acerca dos falsos mestres que estavam na igreja (2Co 12.11-15; Fp 3.2); ele sabe que na igreja tem lobos vorazes e perigosos (At 20.29-32); ele admite que na igreja tem “falsos irmãos” (Gl 2.4), mas jamais Paulo se colocou à margem da igreja ou generalizou como estando falida ou fazendo um grupo à parte. Ao contrário, ele criticou aqueles que estavam fazendo isso na igreja de Corinto.

Pedro agiu da mesma forma. Ele admite os falsos mestres e falsos profetas a ponto de renegarem o Senhor Jesus e que até farão comércio dos membros (2Pe 2.1-3). No entanto, jamais Pedro se colocou na posição de separado da igreja.

Da mesma forma João e Judas. Eles advertem que na igreja teriam falsos obreiros terríveis e falsos profetas (1Jo 4.1;4; Jd 1.4). No entanto, jamais os apóstolos se colocaram na posição de ficar à parte da igreja.

No caso de Caio Fábio, ele se coloca na posição de alguém como “o escolhido”, “a comunidade”. Para isso, ele generaliza os problemas da igreja e coloca a sua comunidade como sendo “a igreja”, ridicularizando tudo que a igreja faz.

Na verdade, Caio Fábio tem uma mente muito privilegiada e pensa muito rápido, mas quando fala da Palavra de Deus como base de suas doutrinas estranhas, torna-se completamente infantil e contraditório, sem nenhum uso da hermenêutica e da exegese. Para ele, como parte da infantilidade, não se precisa de Hermenêutica e exegese. Até que se pode entender isso, já que ele não fez seminário e nem curso de Letras, mas não se pode deixar de perceber como essa declaração é patética, já que qualquer texto se precisa de regras de interpretação (Hermenêutica) e análises sintática e morfológica, principalmente quando se está tratando de textos antigos escritos originalmente em hebraico, aramaico e grego.

Da mesma forma, Caio Fábio mina a base de fé e prática, a Bíblia. Para ele, a Bíblia é cheia de erros (veja o vídeo aqui), o apóstolo Paulo “surta” e que nós não podemos entender seus textos como inspirados (veja meu comentário sobre o que ele escreveu em 2007).

Sem querer aprofundar-me sobre a inerrância da Bíblia, Caio Fábio confunde inerrância com aproximação de dados de números, saltos genealógicos, como ele mesmo falou. No entanto, a Bíblia é inerrante no que diz respeito à veracidade das suas histórias e dos dados históricos que foram escritos. Se a Bíblia tiver erros, nada dela poderá ser confiável e cai por terra qualquer texto que provenha dela, inclusive os de Jesus. Quando ele admite que a Bíblia não é um livro científico e nem tem a intenção de ser um livro de estatística, significa que ela vai se acomodar à linguagem da época que na Hermenêutica se chama “visão fenomenológica”. Por exemplo, quando ela chama os morcegos de aves ou fala que Josué mandou o sol parar. Da mesma forma, não é erro quando a Bíblia fala que havia 5 mil homens fora crianças e que na verdade tenha tido uma quantidade maior de homens, pois os autores falam por aproximação, pois até hoje se faz isso.

No entanto, Caio Fábio precisa minar as Escrituras para que ele as interprete a seu bel prazer, pois, segundo ele, Jesus é a chave-hermenêutica, mas somente aos textos que ele achar que não tem erros e que não sejam um “texto religioso”. Na verdade, a chave-hermenêutica é apenas um pretexto para desviar a atenção dos princípios escritos que o deixam em uma situação desagradável e sem resposta.

Caio Fábio comete erros infantis de interpretação. Ele não entende que a interpretação do VT  deve ser feita com o NT. A chave hermenêutica deve ser toda a Bíblia e não Jesus, pois é o NT que fala de Jesus. Ele confunde o tema da Bíblia com o critério de interpretação, pois Cristo é o tema de toda a Bíblia, mas não o seu critério de interpretação. Existem informações de Cristo nas epístolas que não achamos nos Evangelhos, como também existem explicações das palavras de Cristo nas epístolas que não achamos nos Evangelhos e nem nos ensinamentos de Cristo que estão nos Evangelhos, como também somente entenderemos alguns ensinamentos de Cristo se analisarmos o VT. Caio Fábio dá a entender que a pessoa de Jesus se conhece por um entendimento subjetivo intrínseco separado das Escrituras. Não existe algo mais patético do que isso! Somente podemos saber algo de Cristo através do NT escrito ou através de toda a Bíblia.  O próprio Jesus ensinou que examinassem o VT para saber sobre ele como também disse aos seus discípulos que eles iriam continuar os seus ensinamentos:

Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim. (Jo 5.39)

Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora; quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir. (Jo 16.12,13)

Portanto, uma declaração de que “não se pode obedecer a Bíblia toda”, mas somente o que Cristo afirma (Veja aqui), demonstra um perigo, pois dá a entender que a Bíblia tem partes que não se pode obedecer. No entanto, em toda a Bíblia existem princípios quando são bem interpretados diante de toda a Bíblia (VT e NT). Ele não percebe que o VT foi testificado pelo próprio Cristo e que os princípios do VT, sendo bem interpretados, devem ser observados (Jo 5.39; 1Co 10.1-11). Ele não percebe, pela sua ingenuidade hermenêutica, que Jesus trouxe a real interpretação do VT e enfatizou-o mais ainda. O Sermão da Montanha é um exemplo disso (Mt 5.31,32; MT 19.8-10).

Ele também não percebe, e chega a ser patético, em afirmar que não se pode depender das palavras em si da Bíblia, mas somente do Cristo encarnado como Palavra de Deus, do que ele chama do “espírito da Letra” (Veja aqui). Ele não percebe que o conhecimento do Cristo que todos conhecem vem das Palavras escritas.

Ele faz uma má interpretação do texto de Jo 6.63 que afirma:

João 6:63  63 O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida.

Jesus está comparando as suas palavras a um corpo que tem um espírito e que a carne sem esse espírito não tem proveito nenhum. Ou seja, Jesus está usando uma metáfora do corpo e espírito, enfatizando a importância da sua Palavra como Palavra de Deus e essas inteligíveis e objetivas (Mt 5.18,19). Portanto, Jesus está ensinando que o homem que não levar em conta as suas Palavras é como um corpo sem espírito. A palavra “espírito” aqui jamais quer dizer uma subjetividade ou um espírito vagando. Claro, esse erro de interpretação é próprio de pessoas que não tem noção de Hermenêutica, pois é muito simples quando se leva em conta o contexto do verso e a metáfora do corpo e espírito.

Caio Fábio chega ao ápice de sua confusão doutrinária quando afirma que vai encontrar-se com Chico Xavier na glória de Deus. Ele afirma:

Eu sou um cara que acredita que alguém é salvo exclusivamente pela graça de Jesus e não por causa de seus acertos doutrinários... Eu que sou um verme consigo olhar para o Chico com os olhos de misericórdia e piedade, quanto mais Deus... eu, que sou mau, consigo dar boas dádivas ao Chico Xavier, quanto mais o nosso Pai Celeste. (Veja aqui)

Caio Fábio, mais uma vez, por sua falta de conhecimento de Hermenêutica não percebe que o erro doutrinário é que afasta a pessoa de Deus. Jesus afirmou:

Mateus 22:29  29 Respondeu-lhes Jesus: Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus.

Jesus estava ensinando que os fariseus erravam por que eles não conheciam as Escrituras como deveriam, e, por isso, várias vezes falou em seus debates: “nunca lestes?” (Mt 21.16; 21.42; Mc 2.5). O próprio apóstolo Paulo afirmou que qualquer evangelho que seja pregado além do que foi pregado pelos apóstolos seja anátema e aquele que prega também deve ser considerado (Gl 1.8,9). Tudo isso implica doutrina.

Portanto, a salvação implica em uma luz da correta doutrina de Deus, pois Jesus mesmo falou que as suas ovelhas ouviam a sua voz e o seguiam, e ele lhes daria a vida eterna:

João 10:26-28  26 Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas.  27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.  28 Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão.

Quando Jesus afirma “ouvir a minha voz” está demonstrando o que ele ensinou através de sua Palavra escrita e revelada. Tudo parte da luz da Palavra e de uma doutrina correta.

Portanto, Jesus e os apóstolos ensinaram que um erro doutrinário demonstra que uma pessoa não foi salva e não é cristã. É claro que o que salva uma pessoa em si não é a sua aquiescência doutrinária nem a sua ortodoxia, mas também sem uma ortodoxia doutrinária não se pode ser salvo, pois a fé inclui o real reconhecimento da pessoa de Jesus e de sua obra, assim como ele ensinou que suas ovelhas ouvem a sua voz e o seguem.

O apóstolo João ensina que os falsos mestres devem ser identificados por aquilo que eles creem como doutrina ou do que eles distorcem da doutrina de Cristo:

1 João 4:1-2  Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora.  2 Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus;

Os falsos profetas seriam reconhecidos quando eles ensinassem que Cristo não viria em carne. João estava alertando sobre a heresia do gnosticismo que negavam a encarnação de Cristo. Isso é totalmente doutrinário.

A declaração de Caio Fábio ultrapassa a fronteira da apostasia, pois na verdade ele demonstra que Deus leva em conta as obras e não a fé em Cristo como substituto expiatório para que satisfaça a justiça de Deus. Paulo ensinou:

Romanos 3:20-24  20 visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.  21 Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas;  22 justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que crêem; porque não há distinção,  23 pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,  24 sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus,


Gálatas 2:15-16  15 Nós, judeus por natureza e não pecadores dentre os gentios,  16 sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado.

O primeiro texto, Paulo ensina que por obras da Lei, incluindo toda prática que um homem possa fazer, não pode ser o meio de salvação e de justiça diante de Deus, pois todos são transgressores e precisam da redenção que há em Cristo Jesus. Todos os textos acima terminam demonstrando que a fé em Cristo como redentor deve ser essencial.

A graça nos salva, mas vem por intermédio da fé e isso não vem de vós (Ef 2.8,9). Ela não é generalizada como Caio Fábio afirmou que Chico Xavier teria sido visto por Deus com compaixão. Essa graça se manifesta pela fé no Cristo crucificado que é demonstrada através de uma confiança única em Cristo para a salvação. Algo que o espiritismo não adere, mas espera somente em suas obras.

Na verdade, Caio Fábio parte dele mesmo como base da salvação de Chico Xavier. Ele afirma que “se ele teria compaixão, quanto mais Deus”. Ele parte de si mesmo, embora que afirme que é “verme”, pois seria muita insolência não deixar claro a sua diferença diante de Deus. No entanto, a lógica demonstra que ele parte dele. Se ele tem compaixão, Deus muito mais. No entanto, ele deveria partir de Deus. Isso acontece examinando as Escrituras para ver o que Deus pensa para chegar até ele. Ele deveria dizer: se Deus é bom e misericordioso e abomina a consulta aos mortos (Lv 19.31), eu devo entender que Deus tem motivos para julgar aqueles que tais coisas praticam (Ap 21.8; 15).

Como uma característica acima citada, Caio Fábio traz sobre si a autoridade e razão até para a salvação de uma pessoa. Não é mais pela graça através da fé, mas é somente pela percepção de Caio Fábio que é um “verme da Amazônia”, segundo ele, achando que uma pessoa é salva, e como resultado, essa pessoa seria salva por Deus. Então, não é mais pela Palavra e nem pela “chave-hermenêutica de Cristo”, que ele defende tanto e entende mal sobre isso, mas a chave é o próprio Caio Fábio.

A sua lógica tem uma falácia bem perigosa, pois enfatiza que se alguns da igreja “adoram os seus pastores e apóstolos”, e se existem deslizes doutrinários e são tolerados por Deus, por que Deus não toleraria um espírita? Ele não percebe que a salvação não inclui perfeição, mas em quem colocamos a nossa confiança. Há muita diferença entre uma pessoa que confia em Cristo como Senhor da sua vida tendo deslizes doutrinários confessando seus pecados e uma pessoa que confia em si mesmo ou em suas obras sendo Cristo apenas um espírito elevado que passou aqui na terra. Podemos perceber que Paulo era consciente das graves faltas dos coríntios, dos gálatas e dos efésios, mas, ao escrever a eles, ele enfatiza a grandeza da salvação pela graça por intermédio da fé e que eles são santos e amados de Deus.

Várias heresias se podem perceber ainda nessa declaração. Primeiro pode-se perceber um certo Universalismo que afirma que todos podem ser salvos, já que Deus é bom e misericordioso. Ele não parte da Escritura e de Cristo, mas de obras e de uma misericórdia sem levar em conta a justiça e a ira de Deus.

O Universalismo, às vezes, tem a tendência de deixar por conta das obras. Ou seja, uma pessoa será salva se for piedosa e boa, estará perdida se for má conforme o conceito de Caio Fábio de bom e mau, claro, já que a Bíblia para ele é... apenas um detalhe que tem erros.

O mais grave disso é que se juntam a ele pessoas incautas, sem conhecimento da Bíblia, decepcionadas com suas igrejas, com suas famílias e passam a ter nele uma pessoa que lhes dá todo apoio. Isso é importante, mas o problema é que eles passam a ser discípulos de Caio Fábio e não de Cristo. Eu percebi isso ao confrontar alguns deles com textos bíblicos. Eles tinham apenas chavões aprendidos e nunca uma refutação com exegese inteligente. Por exemplo, afirmam: “você é religioso”; “você só sabe a letra”; “você não entendeu nada do Evangelho”; “você está cego”; “espero que Deus abra sua mente”. Notemos que são chavões de pessoas que fazem parte de uma seita. Eles não têm argumentos, um argumento bíblico como estou fazendo aqui, mas chavões aprendidos. Claro se o seu líder não conhece a Bíblia de uma forma sadia, como esperar de seus discípulos?

Quero concluir que não tenho nada pessoal contra a pessoa de Caio Fábio. Admiro-o como pessoa, mas a sua doutrina está longe do verdadeiro Evangelho.

Portanto, termino lamentando em escrever isso e alertando a igreja que o que ele ensina deve-se ter muito cuidado. Deve-se sentar com todos aqueles que afirmaram que o ouviram para demonstrar as suas falácias.


Também, com esse texto, não estou concordando com os absurdos e heresia das igrejas neo-pentecostais que ele critica tanto. Estou apenas dizendo, como demonstrei nesse texto, que ele está no mesmo nível ou pior afastando-se das doutrinas básicas da fé e que Paulo nos orienta a chamar isso de anátema.