quinta-feira, 20 de maio de 2021

A DECADÊNCIA DO HUMOR NO JESUS DE GREGORIO DUVIVIER – UMA ANÁLISE DA CRÔNICA DE DUVIVIER NA FOLHA DE SÃO PAULO

 



            A crônica de Gregório Duvivier na Folha de São Paulo com o tema “Desculpem meu aramaico” é o retrato da falência do humor brasileiro e da contradição daqueles que se autointitulam de esquerda. A falência do humor porque jamais o humor deve causar tristeza, ignorância, desapontamento e, principalmente, total desrespeito a Jesus Cristo trazendo uma caricatura bizarra e descaracterizada dos parâmetros das fontes que o retratam, a Bíblia. Contradição porque na tentativa de demonstrar total revolta pela injustiça de quem paga INSS desempregado, cala-se diante de total morticínio, miséria e caos em países como Venezuela, Cuba e Coreia do Norte. 

            A crônica de Duvivier tem o seu valor literário em demonstrar claramente o que está por trás da alma de uma geração ateísta ignorante que resolveu obstinadamente fechar os olhos para as evidências históricas e científicas. As evidências históricas da existência de Jesus Cristo são tantas que diante de outras histórias antigas e de outros personagens da mesma época tornam-se exageradas. Por exemplo, existem cerca de 4000 cópias do Novo Testamento, sendo que vários manuscritos do 2o e 4o séculos ainda estão nos museus. Comparando com As Guerras Gaulesas de César dos anos 58-50 a.C; a história romana de Lívio nos anos 50 d.C.; a história de Tácito de 100 d.C não passam de 9 a 35 manuscritos. Não bastasse o número de manuscritos espalhados pelo mundo, há vários manuscritos de terceiros chamados de “Pais da Igreja”, lecionários e historiadores como Eusébio de Cesareia e Flávio Josefo do 1o século.

            Diante dessa enxurrada de testemunho, o humorista ateu ainda tenta zombar da pessoa de Jesus como se ele tivesse sido um mito ou apenas um homem comum. No entanto, se a razão for evocada nesses humoristas, com certeza, a pessoa de Jesus deve, no mínimo, ser considerada respeitosa diante dos seus escritos e da sua reivindicação como o Eterno Filho de Deus. 

            Fica evidente que ele e seus colegas tentam passar uma visão de um Cristo que quer falar a sua igreja atual que ele não é preconceituoso diante do que se coloca no contexto atual como o homossexualismo e o relacionamento aberto. Porém, no tempo Jesus Cristo, o homossexualismo era mais acentuado que nos tempos atuais. As festas ao deus Baco, deus do vinho, à Ártemis, à deusa Diana de Éfeso levavam a uma cultura completamente homossexual. Porém, Jesus Cristo jamais endossou esse comportamento. Ao contrário, Jesus ensinou o modelo da Criação: “Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher” (Mt 19.4). 

            Gregório fala dos 4 Evangelhos em um tom de ironia como se os escritos sinóticos fossem uma constatação de total inutilidade e, como conclusão, minar a sua autenticidade e importância. Gregorio não sabe e nem percebe que os 4 Evangelhos autenticam o testemunho um do outro porque autores diferentes escreveram em épocas diferentes, em lugares diferentes, com características diferentes. Isso autentica de forma exponencial mais ainda do que se fosse um só.

            No que diz respeito às contradições, Gregorio e seus colegas humoristas tentam passar, também, que são mais éticos e solidários que aqueles que propagam o cristianismo. Claro que há os exploradores e os “genéricos” em toda esfera social. Também, não se pode fechar os olhos aos exploradores da fé que se aproveitam dos débeis para entesourar patrimônios. Porém, facilmente se percebe que Gregorio e seus colegas não estão preocupados com a justiça social e com a ética humana. Primeiro, porque eles não têm nenhuma base para essa ética, já que são ateus. E isso se demonstra como uma constante entre ateus porque jamais houve um só prêmio Nobel da Paz a qualquer cético ou ateu no mundo, mas somente a teístas. Depois, jamais esses humoristas de esquerda lutaram pelas injustiças em países comunistas e socialistas que pessoas comem ratos, cães das ruas e juntam lixo para se alimentarem.

            Portanto, Gregorio Duvivier termina com uma frase obscena dada ao seu “Jesus” que, segundo ele, está em aramaico. Eu termino esse texto dizendo uma frase verdadeira de Jesus Cristo: “Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo” (Mt 12.36)

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