Dois temas têm sido o calcanhar
de Aquiles da Ciência. O primeiro é quando se refere à Biogênese. Quando a
Ciência começa a especular com teorias mirabolantes de como a vida começou
apenas vindo de forças naturais. O segundo tema é exatamente quando se trata de
Hominídeos.
Talvez, não se tenha descoberto
mais fraudes na ciência do que nas descobertas dos hominídeos. Um dos exemplos
disso é o fóssil achado em 1975, e ainda inserido nos livros didáticos, chamado
de Lucy. Segundo os cientistas que o descobriram, esse fóssil deveria ser
considerado a “primeira família de Hominídeos” e considerado como uma das
grandes descobertas da Ciência. A partir disso, foi feito uma reconstituição
por computador de como seria o rosto de Lucy. Apesar de muitos cientistas
discordarem da conclusão como dois cientistas anatomistas da Universidade de
Nova Yorque, Jack T. Stern e Ronald Susman, que afirmavam que não eram
hominídeos, mesmo assim, continuaram afirmando que era a grande descoberta da
Ciência.
Em 1999, a revista científica
Francesa Science & Vie publicou um artigo com o nome Adieu, Lucy (Adeus,
Lucy) onde afirmava que Lucy não passava de um fóssil de símio. Porém, mesmo
assim, os livros didáticos de Biologia ainda insistem em colocar o fóssil de
Lucy como prova da evolução do homem (veja mais detalhadamente em meu livro: Design Inteligente: a metodologia de convergência das Ciências sob a ótica da criação – editora Reflexão).
Outro exemplo foi Reiner Rudolph
Robert Protsch, professor de Antropologia da universidade de Frankfurt que foi
demitido em 2004. Ele falsificou fósseis afirmando que tinha descoberto um elo
entre o Homo Sapiens e Homo Neanderthal. Essa fraude abalou todas as descobertas
do chamado Homo Neanderthal a ponto do arqueólogo Thomas Terberger fazer a
seguinte declaração: “A antropologia terá que revisar completamente sua visão
do homem moderno de 40.000 a 10.000 anos atrás” (veja melhor em meu livro)
O motivo de tantas fraudes é exatamente porque as descobertas dos chamados hominídeos dependem apenas de interpretação
daqueles que acham os fósseis. Basta encontrar um fóssil de um dente diferente
para interpretarem imediatamente que era de um hominídeo como foi o caso do
Homem de Nebraska e que não passava de um dente de porco. Vejamos o abstract do artigo do Homo Naledi:
Homo Naledi é uma espécie previamente desconhecida de hominídeo extinto, descoberto dentro da Dinaledi Chamber do sistema de cavernas Rising Star, Berço da Humanidade, África do Sul. Esta espécie é caracterizada pela massa corporal e estatura semelhante a pequenos corpos de populações humanas, mas um pequeno volume endocranial semelhante ao Australopithecos. Morfologia craniana do H. Naledi é única, mas é muito semelhante à espécie Homo Erectus, incluindo os primeiros Homo, o Homo Habilis ou Homo Rudolfensis. Embora primitivo, a dentição é geralmente pequena e simples na morfologia oclusal. H. Naledi tem adaptações de manipulação humanóides da mão e do pulso. Ele também exibe um pé humanóide e membro inferior. Estes aspectos humanoides são contrastados no postcrania com mais uma primitiva ou aparência de tronco de Australopitecos, ombro, pelve e fêmur proximal. Representando pelo menos 15 indivíduos com a maioria dos elementos esqueléticos repetidas várias vezes. Esta é a maior reunião de uma única espécie de hominídeos já descobertos na África .
Notemos que o abstract interpreta
a partir de ossos encontrados de humanos do que eles chamam “pequenos corpos de
populações humanas” incluindo pés, mãos e membros inferiores, com outros
encontrados do que eles interpretaram de “morfologia craniana única”. Todos os
achados de hominídeos são interpretados dessa forma: acham ossos de membros
parecidos com humanos, calota craniana macacoide e maxilar humano, então,
montam para formar um novo Homo.
Vejamos ainda o que afirma o
artigo:
Nós não definimos H. Naledi estritamente com base em uma única mandíbula ou no crânio, porque todo o corpo do material tem nos ajudado a entender a sua biologia.
Percebam que as pesquisas são
completamente distantes de qualquer falseabilidade, já que não se tem nenhum outro
fóssil indubitável do que chamam de hominídeo Naledi ou próximo dele para comparar
se, de fato, são essa espécie. Por isso, são chamados de “únicos”. Portanto, esse
artigo e conclusão não passam de uma Tautologia como afirmava Karl Popper. Assim
está na introdução do artigo:
A coleta é uma amostra morfologicamente homogênea que não pode ser atribuída a nenhuma espécie de hominídeo anteriormente conhecida. Aqui nós descrevemos esta nova espécie, Homo Naledi.
Notem que as conclusões são completamente indutivas e interpretativas sem nenhuma chance de qualquer
falseabilidade. Para Karl Popper, esse achado seria apenas uma declaração de fé
em interpretar que esses ossos poderiam ser de seres macacoides vindos de uma
só ancestralidade comum. O que se pode notar é que não tem como analisar e
acompanhar através de algo que possa falseá-los com observação crítica.
Portanto, em outras palavras, essa
descoberta não passa de uma interpretação com base, apenas, em pressupostos
indutivos. Então, até que se traga um método confiável científico que seja falseável,
não se deve confiar em descobertas científicas que apontem para hominídeos. A
Lucy, o Homem de Piltdown e o homem de Nebraska agradecem.