A fronteira entre o que é
ortodoxo e herético é muito complexa. Da mesma forma, a fronteira entre aquele
que apostatou da fé e aquele que ainda se pode ter como uma pessoa cristã e bíblica
é muito difícil de analisar. Primeiro, por que geralmente essas pessoas trazem
uma certa fama e autoridade do que eles representaram um dia. Depois, é muito
difícil falar de alguém que tem nos lábios o nome de Jesus e propaga com tanta ênfase.
Existem duas formas de um herege
blindar suas heresias, ao mesmo tempo, essa blindagem servirá para
identificação dos próprios hereges. A primeira é trazendo sobre si a autoridade
de suas doutrinas. Para isso, é necessário demonstrar que todos os demais estão
errados e ele é o único certo. Isso servirá para que os incautos que o seguirem
terem em mente que ele seria o único que poderia dizer a verdade, já que os
demais estão errados. Aqueles que o refutam são ensinados a chamarem os demais
que refutarem de “religiosos” e que se baseiam na “Letra”.
A segunda forma de um herege
blindar suas heresias é atacar a base e o fundamento de fé. Quando se ataca os
fundamentos da fé, as pessoas não recorrem mais a esse fundamento, mas dependem
somente do herege. Uma das formas de atacar é exatamente colocar defeitos nesse
fundamento. O único fundamento de fé que se tem é a Bíblia, e ela mesma que é
atacada de uma forma totalmente desonesta por esses hereges.
Na verdade, esse herege vai ter
que fazer isso para minar os textos que o refutam e que ele mesmo vai estar
desconfortável diante da clareza das Escrituras de algumas de suas tendências.
Também pode-se reconhecer um
herege por duas formas:
A primeira é quando se tem que
refutar doutrinas básicas da fé cristã. Há doutrinas que divergem no próprio
evangelicalismo que se pode refutar sem que se tenha em mente que está
refutando um herege. Por exemplo, doutrina do batismo, escatologia, a perda da
salvação, apostolado etc. No entanto, quando se tem que refutar alguém com doutrinas
básica da fé como a salvação pela graça, a divindade e humanidade de Cristo, a
divindade do Espírito Santo, demonstra-se que esse mestre é um herege e que se
deve ter todo cuidado com o que ele ensina.
A segunda forma de reconhecer um
herege é que ele vai colocar como base moral a sua própria pessoa. Ou seja, ele
é o centro de tudo embora que ele jure e chore emocionado falando de Jesus, mas,
na prática, traz sobre si toda a autoridade das doutrinas como também a base
moral. A conseqüência disso é que seus seguidores são completamente desprovidos
de senso crítico. Eles não questionam, apenas aceitam, pois intuitivamente o
líder se coloca como acima das Escrituras, já que ela tem erros. E se a
Escritura tem erros e é julgada pelo próprio líder, ele é o único que dita as
normas, inclusive, da própria base de fé.
Caio Fábio foi um dos pastores
mais conceituados do Brasil. Dificilmente alguém não ouviu uma pregação sua.
Levava multidões a estádios e representava o Evangelicalismo aonde ia. No
entanto, Caio Fábio passou por um momento difícil em sua vida que o deixou
afastado por um tempo. Depois, ele voltou com um programa “Vem e vê TV” pela
manhã na internet onde responde a várias perguntas de pessoas que lhe pedem
conselhos.
Nesses programas, Caio Fábio tem
feito declarações perigosas à fé cristã que demonstram as características de
uma pessoa que apostatou da fé tendo a necessidade de uma refutação. O motivo
de escrever esse texto é exatamente devido à sua grande influência entre os
incautos e por que as suas falácias podem ser perigosas quando não demonstradas
pelo crivo da Palavra de Deus.
Depois, por que Caio Fábio está
dentro das características que foram demonstradas acima. Ele tem blindado seus
ensinamentos e tem se colocado como o único que agrada a Deus no Evangelho,
pois ele tem colocado defeito em todos os demais seguimentos do Evangelho. Ele
tem atacado a igreja de uma forma contundente demonstrando que ela está falida.
Claro que não se está negando a caricatura de Evangelho que alguns grupos
protestantes fazem, pois temos que admitir que alguns grupos nem merecem ser
chamados de protestantes ou de evangélicos, pois agem como um comércio da fé e
com heresias destruidoras. No entanto, Paulo e os apóstolos jamais agiram
assim. Percebemos que Paulo e os apóstolos conheciam muito bem os problemas
graves da igreja, mas jamais eles se colocaram à margem dela ou separados dela.
Paulo escreve a Timóteo acerca
dos falsos mestres que estavam na igreja (2Co 12.11-15; Fp 3.2); ele sabe que
na igreja tem lobos vorazes e perigosos (At 20.29-32); ele admite que na igreja
tem “falsos irmãos” (Gl 2.4), mas jamais Paulo se colocou à margem da igreja ou
generalizou como estando falida ou fazendo um grupo à parte. Ao contrário, ele
criticou aqueles que estavam fazendo isso na igreja de Corinto.
Pedro agiu da mesma forma. Ele
admite os falsos mestres e falsos profetas a ponto de renegarem o Senhor Jesus
e que até farão comércio dos membros (2Pe 2.1-3). No entanto, jamais Pedro se
colocou na posição de separado da igreja.
Da mesma forma João e Judas. Eles
advertem que na igreja teriam falsos obreiros terríveis e falsos profetas (1Jo
4.1;4; Jd 1.4). No entanto, jamais os apóstolos se colocaram na posição de
ficar à parte da igreja.
No caso de Caio Fábio, ele se coloca
na posição de alguém como “o escolhido”, “a comunidade”. Para isso, ele
generaliza os problemas da igreja e coloca a sua comunidade como sendo “a
igreja”, ridicularizando tudo que a igreja faz.
Na verdade, Caio Fábio tem uma
mente muito privilegiada e pensa muito rápido, mas quando fala da Palavra de
Deus como base de suas doutrinas estranhas, torna-se completamente infantil e
contraditório, sem nenhum uso da hermenêutica e da exegese. Para ele, como
parte da infantilidade, não se precisa de Hermenêutica e exegese. Até que se
pode entender isso, já que ele não fez seminário e nem curso de Letras, mas não
se pode deixar de perceber como essa declaração é patética, já que qualquer
texto se precisa de regras de interpretação (Hermenêutica) e análises sintática
e morfológica, principalmente quando se está tratando de textos antigos
escritos originalmente em hebraico, aramaico e grego.
Da mesma forma, Caio Fábio mina a
base de fé e prática, a Bíblia. Para ele, a Bíblia é cheia de erros (veja o vídeo aqui),
o apóstolo Paulo “surta” e que nós não podemos entender seus textos como
inspirados (veja meu comentário sobre o que ele escreveu em 2007).
Sem querer aprofundar-me sobre a
inerrância da Bíblia, Caio Fábio confunde inerrância com aproximação de dados
de números, saltos genealógicos, como ele mesmo falou. No entanto, a Bíblia é
inerrante no que diz respeito à veracidade das suas histórias e dos dados históricos
que foram escritos. Se a Bíblia tiver erros, nada dela poderá ser confiável e
cai por terra qualquer texto que provenha dela, inclusive os de Jesus. Quando
ele admite que a Bíblia não é um livro científico e nem tem a intenção de ser
um livro de estatística, significa que ela vai se acomodar à linguagem da época
que na Hermenêutica se chama “visão fenomenológica”. Por exemplo, quando ela
chama os morcegos de aves ou fala que Josué mandou o sol parar. Da mesma forma,
não é erro quando a Bíblia fala que havia 5 mil homens fora crianças e que na
verdade tenha tido uma quantidade maior de homens, pois os autores falam por
aproximação, pois até hoje se faz isso.
No entanto, Caio Fábio precisa
minar as Escrituras para que ele as interprete a seu bel prazer, pois, segundo
ele, Jesus é a chave-hermenêutica, mas somente aos textos que ele achar que não
tem erros e que não sejam um “texto religioso”. Na verdade, a
chave-hermenêutica é apenas um pretexto para desviar a atenção dos princípios
escritos que o deixam em uma situação desagradável e sem resposta.
Caio Fábio comete erros infantis
de interpretação. Ele não entende que a interpretação do VT deve ser feita com o NT. A chave
hermenêutica deve ser toda a Bíblia e não Jesus, pois é o NT que fala de Jesus.
Ele confunde o tema da Bíblia com o critério de interpretação, pois Cristo é o
tema de toda a Bíblia, mas não o seu critério de interpretação. Existem
informações de Cristo nas epístolas que não achamos nos Evangelhos, como também
existem explicações das palavras de Cristo nas epístolas que não achamos nos
Evangelhos e nem nos ensinamentos de Cristo que estão nos Evangelhos, como também somente
entenderemos alguns ensinamentos de Cristo se analisarmos o VT. Caio Fábio dá a
entender que a pessoa de Jesus se conhece por um entendimento subjetivo
intrínseco separado das Escrituras. Não existe algo mais patético do que isso!
Somente podemos saber algo de Cristo através do NT escrito ou através de toda a
Bíblia.
O próprio Jesus ensinou que
examinassem o VT para saber sobre ele como também disse aos seus discípulos que
eles iriam continuar os seus ensinamentos:
Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim. (Jo 5.39)
Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora; quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir. (Jo 16.12,13)
Portanto, uma declaração de que
“não se pode obedecer a Bíblia toda”, mas somente o que Cristo afirma (Veja aqui),
demonstra um perigo, pois dá a entender que a Bíblia tem partes que não se pode
obedecer. No entanto, em toda a Bíblia existem princípios quando são bem
interpretados diante de toda a Bíblia (VT e NT). Ele não percebe que o VT foi
testificado pelo próprio Cristo e que os princípios do VT, sendo bem
interpretados, devem ser observados (Jo 5.39; 1Co 10.1-11). Ele não percebe,
pela sua ingenuidade hermenêutica, que Jesus trouxe a real interpretação do VT
e enfatizou-o mais ainda. O Sermão da Montanha é um exemplo disso (Mt 5.31,32;
MT 19.8-10).
Ele também não percebe, e chega a
ser patético, em afirmar que não se pode depender das palavras em si da Bíblia,
mas somente do Cristo encarnado como Palavra de Deus, do que ele chama do
“espírito da Letra” (Veja aqui). Ele
não percebe que o conhecimento do Cristo que todos conhecem vem das Palavras
escritas.
Ele faz uma má interpretação do
texto de Jo 6.63 que afirma:
João 6:63 63 O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida.
Jesus está comparando as suas
palavras a um corpo que tem um espírito e que a carne sem esse espírito não tem
proveito nenhum. Ou seja, Jesus está usando uma metáfora do corpo e espírito,
enfatizando a importância da sua Palavra como Palavra de Deus e essas
inteligíveis e objetivas (Mt 5.18,19). Portanto, Jesus está ensinando que o
homem que não levar em conta as suas Palavras é como um corpo sem espírito. A
palavra “espírito” aqui jamais quer dizer uma subjetividade ou um espírito
vagando. Claro, esse erro de interpretação é próprio de pessoas que não tem
noção de Hermenêutica, pois é muito simples quando se leva em conta o contexto
do verso e a metáfora do corpo e espírito.
Caio Fábio chega ao ápice de sua
confusão doutrinária quando afirma que vai encontrar-se com Chico Xavier na
glória de Deus. Ele afirma:
Eu sou um cara que acredita que alguém é salvo exclusivamente pela graça de Jesus e não por causa de seus acertos doutrinários... Eu que sou um verme consigo olhar para o Chico com os olhos de misericórdia e piedade, quanto mais Deus... eu, que sou mau, consigo dar boas dádivas ao Chico Xavier, quanto mais o nosso Pai Celeste. (Veja aqui)
Caio Fábio, mais uma vez, por sua
falta de conhecimento de Hermenêutica não percebe que o erro doutrinário é que
afasta a pessoa de Deus. Jesus afirmou:
Mateus 22:29 29 Respondeu-lhes Jesus: Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus.
Jesus estava ensinando que os
fariseus erravam por que eles não conheciam as Escrituras como deveriam, e, por
isso, várias vezes falou em seus debates: “nunca lestes?” (Mt 21.16; 21.42; Mc
2.5). O próprio apóstolo Paulo afirmou que qualquer evangelho que seja pregado
além do que foi pregado pelos apóstolos seja anátema e aquele que prega também deve
ser considerado (Gl 1.8,9). Tudo isso implica doutrina.
Portanto, a salvação implica em
uma luz da correta doutrina de Deus, pois Jesus mesmo falou que as suas ovelhas
ouviam a sua voz e o seguiam, e ele lhes daria a vida eterna:
João 10:26-28 26 Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas. 27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. 28 Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão.
Quando Jesus afirma “ouvir a
minha voz” está demonstrando o que ele ensinou através de sua Palavra escrita e
revelada. Tudo parte da luz da Palavra e de uma doutrina correta.
Portanto, Jesus e os apóstolos
ensinaram que um erro doutrinário demonstra que uma pessoa não foi salva e não
é cristã. É claro que o que salva uma pessoa em si não é a sua aquiescência
doutrinária nem a sua ortodoxia, mas também sem uma ortodoxia doutrinária não
se pode ser salvo, pois a fé inclui o real reconhecimento da pessoa de Jesus e
de sua obra, assim como ele ensinou que suas ovelhas ouvem a sua voz e o seguem.
O apóstolo João ensina que os
falsos mestres devem ser identificados por aquilo que eles creem como doutrina
ou do que eles distorcem da doutrina de Cristo:
1 João 4:1-2 Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora. 2 Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus;
Os falsos profetas seriam
reconhecidos quando eles ensinassem que Cristo não viria em carne. João estava
alertando sobre a heresia do gnosticismo que negavam a encarnação de Cristo.
Isso é totalmente doutrinário.
A declaração de Caio Fábio
ultrapassa a fronteira da apostasia, pois na verdade ele demonstra que Deus
leva em conta as obras e não a fé em Cristo como substituto expiatório para que
satisfaça a justiça de Deus. Paulo ensinou:
Romanos 3:20-24 20 visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado. 21 Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; 22 justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que crêem; porque não há distinção, 23 pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, 24 sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus,
Gálatas 2:15-16 15 Nós, judeus por natureza e não pecadores dentre os gentios, 16 sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado.
O primeiro texto, Paulo ensina
que por obras da Lei, incluindo toda prática que um homem possa fazer, não pode
ser o meio de salvação e de justiça diante de Deus, pois todos são
transgressores e precisam da redenção que há em Cristo Jesus. Todos os textos
acima terminam demonstrando que a fé em Cristo como redentor deve ser
essencial.
A graça nos salva, mas vem por
intermédio da fé e isso não vem de vós (Ef 2.8,9). Ela não é generalizada como
Caio Fábio afirmou que Chico Xavier teria sido visto por Deus com compaixão.
Essa graça se manifesta pela fé no Cristo crucificado que é demonstrada através
de uma confiança única em Cristo para a salvação. Algo que o espiritismo não
adere, mas espera somente em suas obras.
Na verdade, Caio Fábio parte dele
mesmo como base da salvação de Chico Xavier. Ele afirma que “se ele teria
compaixão, quanto mais Deus”. Ele parte de si mesmo, embora que afirme que é “verme”,
pois seria muita insolência não deixar claro a sua diferença diante de Deus. No
entanto, a lógica demonstra que ele parte dele. Se ele tem compaixão, Deus
muito mais. No entanto, ele deveria partir de Deus. Isso acontece examinando as
Escrituras para ver o que Deus pensa para chegar até ele. Ele deveria dizer: se
Deus é bom e misericordioso e abomina a consulta aos mortos (Lv 19.31), eu devo
entender que Deus tem motivos para julgar aqueles que tais coisas praticam (Ap
21.8; 15).
Como uma característica acima
citada, Caio Fábio traz sobre si a autoridade e razão até para a salvação de
uma pessoa. Não é mais pela graça através da fé, mas é somente pela percepção
de Caio Fábio que é um “verme da Amazônia”, segundo ele, achando que uma pessoa
é salva, e como resultado, essa pessoa seria salva por Deus. Então, não é mais
pela Palavra e nem pela “chave-hermenêutica de Cristo”, que ele defende tanto e
entende mal sobre isso, mas a chave é o próprio Caio Fábio.
A sua lógica tem uma falácia bem
perigosa, pois enfatiza que se alguns da igreja “adoram os seus pastores e
apóstolos”, e se existem deslizes doutrinários e são tolerados por Deus, por
que Deus não toleraria um espírita? Ele não percebe que a salvação não inclui
perfeição, mas em quem colocamos a nossa confiança. Há muita diferença entre
uma pessoa que confia em Cristo como Senhor da sua vida tendo deslizes
doutrinários confessando seus pecados e uma pessoa que confia em si mesmo ou em
suas obras sendo Cristo apenas um espírito elevado que passou aqui na terra.
Podemos perceber que Paulo era consciente das graves faltas dos coríntios, dos
gálatas e dos efésios, mas, ao escrever a eles, ele enfatiza a grandeza da
salvação pela graça por intermédio da fé e que eles são santos e amados de Deus.
Várias heresias se podem perceber
ainda nessa declaração. Primeiro pode-se perceber um certo Universalismo que
afirma que todos podem ser salvos, já que Deus é bom e misericordioso. Ele não
parte da Escritura e de Cristo, mas de obras e de uma misericórdia sem levar em
conta a justiça e a ira de Deus.
O Universalismo, às vezes, tem a
tendência de deixar por conta das obras. Ou seja, uma pessoa será salva se for
piedosa e boa, estará perdida se for má conforme o conceito de Caio Fábio de
bom e mau, claro, já que a Bíblia para ele é... apenas um detalhe que tem
erros.
O mais grave disso é que se
juntam a ele pessoas incautas, sem conhecimento da Bíblia, decepcionadas com
suas igrejas, com suas famílias e passam a ter nele uma pessoa que lhes dá todo
apoio. Isso é importante, mas o problema é que eles passam a ser discípulos de
Caio Fábio e não de Cristo. Eu percebi isso ao confrontar alguns deles com
textos bíblicos. Eles tinham apenas chavões aprendidos e nunca uma refutação
com exegese inteligente. Por exemplo, afirmam: “você é religioso”; “você só sabe
a letra”; “você não entendeu nada do Evangelho”; “você está cego”; “espero que
Deus abra sua mente”. Notemos que são chavões de pessoas que fazem parte de uma
seita. Eles não têm argumentos, um argumento bíblico como estou fazendo aqui,
mas chavões aprendidos. Claro se o seu líder não conhece a Bíblia de uma forma
sadia, como esperar de seus discípulos?
Quero concluir que não tenho nada
pessoal contra a pessoa de Caio Fábio. Admiro-o como pessoa, mas a sua doutrina
está longe do verdadeiro Evangelho.
Portanto, termino lamentando em
escrever isso e alertando a igreja que o que ele ensina deve-se ter muito
cuidado. Deve-se sentar com todos aqueles que afirmaram que o ouviram para demonstrar
as suas falácias.
Também, com esse texto, não estou
concordando com os absurdos e heresia das igrejas neo-pentecostais que ele
critica tanto. Estou apenas dizendo, como demonstrei nesse texto, que ele está
no mesmo nível ou pior afastando-se das doutrinas básicas da fé e que Paulo nos
orienta a chamar isso de anátema.