sábado, 25 de junho de 2011

O GÊNERO HUMANO, SUA ÁREA DE TRABALHO, REALIDADES, ALTERNATIVAS E POSSIBILIDADES DE TROCAS





1 INTRODUÇÃO

Diante de grandes tendências, houve a necessidade de repensar alguns aspectos e de buscar respostas para sanar alguns problemas sociais. Essas respostas são exatamente a tentativa de tornar relativos alguns conceitos para que se possam apreender com facilidade algumas tendências.

Esse trabalho tem como objetivo de fazer uma análise crítica das teorias de Gêneros, sem deixar de levar em contar as contribuições que esse tema traz, bem como despertar para a realidade os problemas e conflitos existenciais.

2 UM CONCEITO DE GÊNERO

Segundo o artigo “Desafios y Oportunidades para la Equidad de Gênero em América latina y El Caribe”, Gênero é uma categoria relacional que identifica grupos socialmente construídos e relações entre homens e mulheres. Segundo o conceito, ser homem e mulher são processos de aprendizagem surgidos de padrões socialmente estabelecidos e fortalecidos através de normas. Esse conceito traz algumas dificuldades. Primeiro, o conceito foge da etimologia da palavra, pois vem do grego genos, que quer dizer origem, nascimento. Gênero diz respeito a algo nato, intrínseco e não se pode manipular nem escolher. Segunda dificuldade é que há uma profunda confusão entre opção sexual e sexualidade humana. A opção sexual é relativa, instável e está sujeita a processos de aprendizagem, porém, a sexualidade humana, que inclui tanto a parte biológica hormonal como as características psicossomáticas relacionais de cada sexo, essa é permanente. O homem sempre terá o hormônio masculino, como as mulheres sempre terão hormônios femininos. Por isso, alguns homossexuais masculinos tomam hormônios femininos para se adequarem às mulheres, pois naturalmente não se adequam ao sexo oposto.

A tentativa de mudar o conceito é exatamente de expurgar da sociedade uma visão extrema da sexualidade trazendo preconceito, marcas e atitudes não fraternas; porém, vai a outro extremo, pois coloca em total indefinição a sexualidade, afetando a identidade como homem e como mulher. A sexualidade está totalmente relacionada à identidade humana. Cada pessoa tenta se relacionar, vestir, agir, falar mediante o que pensa ser: homem ou mulher. Portanto, a sexualidade tem muito a ver com a nossa identidade. Por exemplo: um transexual assume a sua identidade tentando agir dentro de uma outra identidade, chamando até por nomes de mulheres, porque a sexualidade tem a ver com identidade. O indivíduo é homem, mas quer agir como mulher. Há uma profunda confusão de identidade, pois a sua sexualidade não é somente os órgãos sexuais, mas hormônios, características, mesmo que sejam intrínsecas. Por exemplo, quando um homossexual masculino muda de sexo, age como mulher, toma hormônios femininos, ele sempre será, em sua essência um homem, pois incluirá raciocínio e atributos que essas mudanças não conseguem afetar. O homem sempre será homem, uma mulher sempre será mulher, pois o que os acompanha é um conjunto de atributos intrínsecos que ninguém conseguirá tirar. Uma prova disso é que quando travestis começam a brigar, eles agem como homens e demonstram exatamente como um homem faria. Apesar de que isso seja relativo, mas intrinsecamente, tanto homem e mulher agirão como tal dentro de suas sexualidades.

Não se precisa apelar para a indecisão sexual para se buscar uma aceitação social dos grupos ou trazer respeito mútuo a todos que optam por uma opção sexual. Precisa-se entender que respeito à opção de alguém é um princípio social universal e que não se precisa abandonar os padrões naturais da sexualidade para aceitar o outro, com outra opção, com outra orientação; embora que não deixe de haver trocas de experiências e questionamentos dentro de um diálogo saudável e sem discriminação. O respeito vem exatamente das diferenças, porque quando somos iguais está-se apenas projetando valores e aptidões, mas quando se é diferente está-se reconhecendo a individualidade de cada pessoa como ela é, independente dos seus desígnios. Portanto, não é necessário de um salto à indefinição sexual para se chegar à aceitação um do outro.

3 A INCLUSÃO DE HOMENS E MULHERES NA ÁREA DE TRABALHO

Por muito tempo a mulher ficou privada de algumas ações sociais, embora que se pode tirar também algum proveito disso. Segundo “Grandes questões sobre o Sexo”, uma das causas maiores do divórcio na Europa é exatamente a independência feminina, incluindo a jornada de trabalho (STOTT, 1993, pág. 66). Porém, a mulher tem chegado aonde era impossível há 40 ou 50 anos atrás. Isso é uma grande conquista, pois está-se colocando a mulher em suas potencialidades e elevando-a ao seu lugar de importância.

Há um questionamento se a mulher poderia entrar em todas as áreas de trabalho ou o homem também. Hoje é comum ver homens bordando, costurando; é comum ver mulheres indo à guerra ou fazendo trabalhos forçados que eram somente aos homens. Isso demonstra um amadurecimento, já que nada impede a mulher de ser e fazer aptidões ou trabalhos diversos; porém, deve-se aceitar que se não for levado em conta a sexualidade definida, pode-se fazê-los entrar em crises profundas. Cada um tentará agir dentro da sua sexualidade e se não for levado em conta a distinção de gênero, sobrecarregará um dos dois. Por exemplo, quando um casal viaja em um carro e o pneu do carro fura, pergunta-se: quem poderia consertar o pneu? Tanto o homem e a mulher vão agir dentro de suas potencialidades e características. Fica fora de coerência um homem deixar que uma mulher tire o pneu do carro, coloque força, sendo que ele pode fazê-lo. Pergunta-se: Por que a mulher não pode fazer isso? Porque o bom-senso demonstra que o homem seria mais apropriado devido à sua força, não porque queira poder. Mesmo porque, seria uma demonstração maior de poder se ele ficasse parado e a mulher consertasse o pneu. Portanto, a indefinição de gênero leva a conseqüências mais sérias que se pode pensar.

4 REALIDADE ALTERNATIVA E PARADIGMAS

A sociedade vive diante de paradigmas sociais. Há muita crítica que essa sociedade busca paradigmas pré-estabelecidos; porém, esquece-se que isso é baseado em outro paradigma. A questão é qual é o paradigma ideal? Se os paradigmas são criticados em nome de direitos humanos, por que o outro não é? Quem é que vai julgar e dar o veredicto final? Quem julga os direitos humanos? Portanto, está-se numa total indefinição ética, então, não se pode falar de paradigma social sem que se tenha uma base ética. As alternativas devem ser buscadas dentro de paradigmas, mas precisa-se ter o ideal equilíbrio entre dar oportunidades a ambos os sexos e aperfeiçoar-se em suas sexualidades com coerência e honestidade. Com isso, fica a necessidade de um referencial ético.

A busca de alternativas em detrimento à definição de gênero pode ser mais danosa que qualquer discriminação por opção sexual. Uma indefinição de gênero pode levar a uma insensibilidade de complementaridade dos sexos, pois se alguém ainda não se definiu ou não se pode definir o gênero para que se esforçar a buscar essa complementaridade? O que se consegue notar é que a diversidade dos sexos em vários setores da sociedade é importante devido aos atributos masculinos e femininos que se completam. Portanto, precisa-se de alternativas, mas buscando equilíbrio entre oportunidade e complementaridade.

A disparidade de salário entre homens e mulheres demonstra um grande desafio social. Pode-se vencer isso colocando como incentivo que uma sociedade ideal precisa de oportunidade e complementaridade entre os sexos. Caso contrário, ter-se-á indefinição que jamais poderá haver complemento e oportunidade.

A realidade alternativa está intrinsecamente relacionada com os paradigmas, já que a realidade é a leitura de nosso contexto. Precisa-se saber quais paradigmas ir-se-á levar em conta, pois para cada um acompanhará pressupostos e tendências preconcebidas, quaisquer que sejam.

5 POSSIBILIDADE DE TROCAS

Quando se fala de possibilidade de trocas, precisa-se entender o que se pode mudar e o que vai definir essa mudança. Pode-se mudar a forma de encarar a discriminação por opção sexual, porém, mesmo assim, pode-se ter definidas as sexualidades. Um homem pode chorar, ser gentil, meigo sem perder os atributos da sua própria sexualidade, exceto se encenar atitudes do sexo oposto.

As características femininas e masculinas estão juntas no homem e na mulher? Diante desse questionamento, pergunta-se qual a característica de um homem e qual a característica de uma mulher. Estando definidas exatamente para saber que ambas estão na mesma pessoa, precisa-se ter em mente que há uma distinção clara entre ambas, pois elas estão no homem ou na mulher. Porém, se podem ser definidas e distintas a ponto de se saber que estão no homem e na mulher, não deixa de haver uma definição evidente. Por que não aceitar que o homem agirá sempre como características de homem? Isso não quer dizer que o agir com característica de homem não implique em sensibilidade, carinho afetivo. No entanto, todos dentro dos atributos masculinos. Há maneiras diferentes de se relacionar. Por exemplo: relaciona-se em afeto de uma maneira com os pais, de outra com os filhos, de outra com o cônjuge, de outra com os animais, de outra com o mesmo sexo. Para aqueles que são homossexuais, o relacionamento com o mesmo sexo é chamativo, porém, para os que são heterossexuais, o relacionamento é completamente diferente, se não, seria homossexual. Isso não quer dizer que se está buscando padrões da sociedade, pois é natural os tipos de relacionamentos e suas empatias.

6 UMA OUTRA PROPOSTA DE SEXUALIDADE

Diante do conceito de gênero supracitado no artigo está implícito uma proposta baseada na teoria da evolução das espécies, onde o homem é um processo da evolução vinda do acaso, que teve nos animais paradigmas existenciais, mas será que há outra proposta de sexualidade? Sim. Há uma proposta que o homem e mulher foram criados por um Deus pessoal como está baseado na Bíblia. Ele os criou macho e fêmea, distintos, complementares, heterossexuais. Essa proposta traz alternativas nas áreas de trabalho em que ambos os sexos se complementam, mesmo sem haver possibilidade de trocas, havendo respeito mútuo e fraterno. As disparidades preconceituosas não se originaram nessa proposta, mas no ser humano que nunca foi capaz de ter ideais éticos e fraternos por si mesmo. O respeito às individualidades se deve por causa das diferenças entre ambos e isso só acontecerá se houver diferenças, que no caso, seria de gênero.

A proposta criacionista coloca o homem e mulher no seu devido lugar e com as suas devidas identidades. Nota-se que a mulher quando está grávida procura saber o sexo do bebê. De acordo com o sexo, a mãe prepara o nome, as roupinhas, o tratamento em solilóquios e diálogos para com o bebê. Isso demonstra que a nossa sexualidade está intrinsecamente ligada à nossa identidade. As marcas preconceituosas não foram por causa dessa proposta, mas por causa do próprio homem como foi falado.

Quando se fala de preconceito, precisa-se defini-lo. Preconceito não é ter idéias diferentes e nem refletir sobre contradições e corrigi-las, mas ter um conceito sem uma razão, se não, convencional. Portanto, pode-se ter preconceito até por aqueles que defendem o não ter preconceito. Basta alguém deixar de falar com aqueles que acham que são preconceituosos. Isso já é preconceito. Por isso, a proposta criacionista é importante para a definição dos gêneros: homem, mulher, pois ambos podem conviver perfeitamente em respeito mútuo com as definições de seus gêneros.

Segundo a proposta criacionista os sexos estão em desenvolvimento e se complementam para formar um todo social. Precisa-se que se tenha uma visão que a falta desse complemento, causaria danos à sociedade e somente se pode complementar se tiver definidos os gêneros. Esses gêneros são complementados entre si, formando uma sociedade que seja complementar e que busque a justiça e a verdade.

7 CONCLUSÃO:

Qual a real motivação de uma igualdade de gêneros? Será que é mesmo o bem-estar do outro, um desejo pela justiça? Será que por trás dessa motivação de indefinição dos gêneros não estão interesses de uma tentativa de auto-afirmação de sexualidades e um desejo mórbido por terem os outros iguais para exatamente dominar? Se alguém quer manipular outras pessoas procura igualar-se a elas, pois a diferença é um fator negativo àqueles que querem manipular outros. As diferenças são salutares e servem como um fator que demarca o respeito e a complementaridade entre os seres humanos.

Quando se chama de gênero algo que se escolhe fazer é confundir o significado da palavra e dar o significado do que se quer dar. Basta que se enquadre nos moldes convenientes. O problema disso é que os significados que a palavra tem, de fato, se perde. Por exemplo: Quando um adolescente que nunca teve tendência homossexual é forçado por seus amigos a ter uma relação homossexual e passa a ter tendências, não quer dizer que mudou de gênero, mas que tem conflitos e tendências sexuais; e mesmo que tenha uma relação homossexual, não significa que mudou de gênero. Como se houvesse uma pergunta: Qual o seu gênero hoje? O gênero hoje é homossexual. Amanhã? Bissexual. Se isso for gênero, deve-se procurar outra palavra, não essa.

Há alternativas para ambos os gêneros terem oportunidades, há possibilidade de complementaridade. Nem sempre a troca é ideal, mas complemento sim é necessário. Em um grande quebra-cabeça não se busca peças que troquem, mas que se complementam, pois através do todo há o bem coletivo e o bem social.

A contribuição desse tema está na maior compreensão do sexo oposto, principalmente a mulher, que é mais discriminada. Alguns estereótipos não tem razão de existir e esses precisam ser vencidos pela vontade das mulheres  de buscarem os seus valores.

Outra contribuição é que se tem uma visão bem forte da discriminação. Pode-se aceitar outra pessoa, mesmo que ela seja de outra orientação sexual, mesmo que não tenham todos as mesmas aspirações existenciais. Essa pessoa é digna de respeito, de ser ouvida e assistida. Essa visão precisa ser passada por educadores, embora que se tem que ter em mente que se pode educar mostrando valores.